PAULO AFONSO– O prefeito em exercício Marcondes Francisco (PSD) reuniu sua base no restaurante Velho Chico para um almoço.
Até ontem a reunião seria no gabinete. “Mas foi bom trazer para um almoço porque o clima foi amenizado pelo tempero da comida”, disse um dos convivas ao Painel, em caráter reservado.
Nos bastidores, os vereadores estão insatisfeitos porque não sabem mais para quem devem recorrer. São duas lideranças na Câmara, Leco (PSD) e Gilmário (Podemos), e Keko (Avante) com discurso de oposição.
Val Oliveira, secretário de eventos, participou do almoço. À boca miúda, todos dizem que ele é uma das razões de a prefeitura nunca acertar o prumo e que deveria encabeçar a lista dos demitidos. Como Val tem santo forte, foi lá fazer uma boquinha e garantir que permanecerá na pasta atrapalhando como for possível.
Marcondes pediu união em torno dos projetos da prefeitura, mas o almoço, por incrível que possa parecer teve mais tom festivo que discursivo.
O governo dele, é preciso que se diga, continua nas cordas e sem rumo, porque não é possível arrumar uma solução convidando o problema para um almoço. A fome é o combustível que deve mover um governo porque com ela ou muda ou afunda de vez.
Digo mais: sem fome não vai haver pressão em cima de Luiz de Deus (PSD) para que renuncie e dê as condições ao vice de governar à sua maneira. Todos com a barriga cheia e a população, salivando, com fome.