PAULO AFONSO – Reza o ditado que portador não merece castigo. Coitado do secretário de governo – um cargo fictício para encostar Regivaldo Coriolano – que, se soubesse o que eu sei, diria Lupicínio Rodrigues, teria ido embora antes de ter sua mensagem de temperança governamental sendo aniquilada pelos fatos narrados na boca de dois governistas, Leco (PSD) e Jailson Oliveira (União). Os dois pareciam dupla sertaneja. A dupla do jogo tudo no ventilador.
Tanto Leco como Jailson foram na carne, quando disseram que o prefeito Luiz de Deus (PSD) ou saia com urgência da prefeitura, ou estaria enlameado com o rombo nas contas públicas, absolutamente injustificáveis. “Quebraram a prefeitura de tal forma que não ficou dinheiro para fazer um quebra-molas”, disse Jailson com todos os éfes e érres.
Parte do secretariado de Luiz de Deus, presente à sessão solene da Câmara Municipal, ficou de queixo caído. A outra, nem tanto.
Já é sabido que, o prefeito interino, sobre quem, a “dupla” insinuou não ser tão interino assim, se apropriou das finanças municipais e desde então, não consegue dormir bem. Certamente Marcondes deve ter desabafado.
“Nós precisamos conversar com ele [Luiz de Deus] não são decisões à parte não. Infelizmente secretários que precisam tomar decisões estão atados, porque as decisões são de um lado só [Leco se refere a Luiz Humberto].”
“Ele que manda em tudo, isso tem que ser assim, isso tem que acabar”, prossegue Leco. “Nós precisamos reverter essa situação porque quem está sofrendo é o povo. Isso é uma bola de neve, é simples, eu fecho as contas, eu vou para a mão de um agiota, daqui a pouco fecho a imprensa porque não tenho mais condições de trabalhar.”
Arrematando a questão, Leco disse ainda: “Temos que trabalhar muito para o nome de Luiz de Deus não ir para lama.”
Fotos: ASCOM/CM.