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Paulo Afonso-BA, 23 de novembro de 2024

“Não queremos agir com violência, porém se não colaborarem a força será usada”, avisa PM a moradores do Francisco Chagas

PAULO AFONSO – O policial militar que acompanhou o oficial de justiça ao condomínio habitacional Francisco Chagas, na manhã desta sexta-feira 27,  usou de bastante diplomacia e educação ao falar com os moradores sobre o tempo que eles têm para sair pacificamente.

Porém, a polícia foi firme: “Vocês têm o tempo [o fim de semana] para retirar o material de vocês, caso não ocorra isso, será retirado com a força policial, eu não acho bom isso, porque vocês têm crianças e idosos, mas o nosso papel é fazer com o que a decisão judicial seja executada, tá ok?”, disse o policial gravado por um morador cujo vídeo circula nas redes sociais.

A PM acompanhou a ordem levada por um oficial da Justiça Federal que havia decidido pela desapropriação e reintegração das unidades à Caixa Econômica Federal há dois meses, sob multa de 1 mil reais por dia para cada invasor.

“Não feitio da Polícia Militar agir com violência, nossa missão é garantir a segurança de vocês, porém, a força policial será usada caso não seja executado essa ordem”, continua o policial: “os móveis serão usados, as pessoas serão retiradas e àqueles que resistiram a qualquer situação serão presos, infelizmente, o quantitativo de policiais será gigantesco justamente para não ter nenhum tipo de envolvimento com ninguém. É um aviso, espero que cumpra, infelizmente a força policial será usada”, conclui o policial.

Uma moradora argumenta: “A gente não quer ficar aqui de graça não, a gente quer pagar pelas casas.”

“Foi avisado”, responde secamente a polícia.

Nesse meio tempo, políticos que usam toda situação que possa manchar a prefeitura e lhes trazer ganhos eleitorais, fizeram morada por lá. Eles incentivam a que moradores continuem de forma irregular, sabendo inclusive que muitos já tinham sido contemplados com casas em outras conjuntos habitacionais, mesmo assim, participaram da invasão.

Obviamente há os necessitados, talvez a maioria.

Não será difícil flagrá-los na próxima segunda como os “heróis da ilegalidade”, desde que lacrem nas redes sociais.

 

Foto: printe de vídeo das redes sociais. 

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