PAULO AFONSO – Experiente, porém, tocado pela vaidade que acomete o governo de Luiz de Deus (PSD), o presidente da Câmara Municipal, Pedro Macário (União), não se poupou do vexame de defender sua permanência à frente da Casa por meio de uma gambiarra em forma de emenda à Lei Orgânica Municipal.
A bananada não passaria pela Justiça. Ainda assim, imaginando que o governo articulara bem os votos, Macário encerrou os discursos lembrando que o então presidente da Assembleia do Estado (Alba), Marcelo Nilo (Republicanos) fora eleito várias vezes.
Os votos de Irmã Leda (PDT), Jailson Oliveira (União), Zezinho (Progressistas) e, principalmente, do líder do governo, Leco (PSD) pavimentaram uma derrota vexaminosa em todos âmbitos.
Jean Roubert (PSD) punido pelo governo por tentar abrir flancos na Casa que permitisse investigar o governo por meio de uma CPI, se deliciou com a derrota: “Vossa excelência é um soldado e cumpre uma missa aqui dentro e a sociedade precisa saber disso, ele [Macário] cumpre missão, porém a sociedade espera ver uma Câmara independente, com alternância de poder, não podemos eliminar os 15 que têm direito e condições.”
“A um mês da eleição, quer mudar para que se permita a recondução de vossa excelência”, continuou massacrando Jean: “uma falta de respeito com os demais soldados, no mínimo não estão confiando em sua base e creditam em Macário essa missão flagrantemente inconstitucional.”
A derrota por 7 votos a 8 [era preciso 10×5] foi celebrada em todas as esquinas de Paulo Afonso que miram um novo horizonte político. Contudo, vale lembrar: apesar de ainda haver jogo, o governo segue favorito para fazer a Mesa.
Fotos ASCOM/CM.