PAULO AFONSO – A imprensa fanática por Galinho (PSDB) se nega a reconhecer o óbvio, mas as urnas foram acachapantes para as pretensões do ex-vereador de ser o prefeito de Paulo Afonso em 2024 – praticamente sem jogo.
O argumento de que cada eleição é uma coisa, com objetivo de manter o galo com a crista alta não se sustenta diante dos fatos, especialmente porque foi projetada uma votação absurdamente alta, em torno de 25 mil votos, como se ele não fosse enfrentar concorrentes.
Galinho caiu do cavalo. Ultrapassou Luiza de Deus (Progressistas) com margem apertadinha de pouco menos de 1 mil votos: 12.730 contra 11.731 da candidata.
E, ao contrário dela, foi poupado a campanha toda de dar explicações sobre sua aproximação com o governo federal, de onde vinham as caixas de água e os tratores com os quais ele se manteve ativo eleitoralmente. Além, obviamente, das redes sociais.
Treino é treino, e jogo é jogo.
É preciso que se diga a verdade: Mário Galinho isolado não vai a lugar nenhum, e, ao procurar aliados para forjar um grupo, vai ter que se deparar com o passado. O filme mostra o abandono de dois aliados – um inclusive responsável pelo seu ingresso na política – sem maiores detalhes: Raimundo Caires e Luiz Neto.
Nos bastidores das urnas, os adversários foram unânimes: Mário entrou grande e saiu pequeno do pleito.
A transferência de votos para Adolfo Viana (PSDB) foi básica: 2427 votos. Se esperava muito mais pelo empenho do candidato e pela estrutura de campanha que foi montada.
A área rural manteve-se fiel a Marconi Daniel e a Luiza – candidata do governo. E, na área urbana, donde se esperava uma explosão de votos, Luiza conseguiu manter-se competitiva.
Não fosse a pretensão de sair com um pé já na prefeitura, obviamente, 12 730 votos não seriam ruins, o problema é que para vencer o grupo de Luiz de Deus, não bastam.
Sendo que a tendência é diminuir frente aos concorrentes que vão se lançar na mesma aventura, para a felicidade do governo.
Foto: Instagram de Mário Galinho.