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Paulo Afonso-BA, 4 de dezembro de 2024

“A Justiça de Deus nunca tarda e nunca falha”, diz viúvo de Patrícia, após condenação a 25 anos de prisão do assassino

PAULO AFONSO –  O viúvo de Ana Patrícia, José Celso da Silva, deu um depoimento comovente agora há pouco à Rádio Bahia Nordeste.

Celso comentou o julgamento do assassino confesso, Luiz Fernando, ocorrido nesta quarta-feira 14, no fórum Adauto Pereira de Souza, durante todo o dia. Das 9h às 17 horas.

O trabalho da promotoria, de acordo com Celso, foi decisivo para convencer o júri sobre a frieza e a crueldade do crime, ocorrido em 4 de agosto de 2020, quando Patrícia trabalhava com ele na oficina do casal, e foi morta a queima roupa.

O réu foi condenado a 25 anos de prisão em regime fechado.  O viúvo acompanhou o julgamento ao lado dos três filhos do casal.

“Nós estávamos na frente da oficina, ele parou o carro bem em frente, abriu a porta e foi atirando, não falou nada. Ele deu dois tiros, um pegou no meu braço e o outro no peito que atravessou – enquanto isso a Patrícia gritou; eu fiquei atordoado, e aí ele saiu correndo, eu tentei pegar a chave do carro e ir atrás, foi quando alguém me alertou que ela [Patrícia] tinha caído, eu sou socorrista, dei prioridade à vida, fiz os primeiros-socorros; tentei reanimar, chamei o Samu e quando eles chegaram ela já estava morta”, relembrou Celso toda tragédia vivida por ele.

“Ela tentou me salvar e perdeu sua vida. Agradeço muito a ela por isso, eu lhe devo a minha vida”, acrescentou emocionado.

Durante o julgamento, Celso disse que passou por momentos de apreensão por que não sentia segurança da promotoria sobre o tamanho da pena. “Ele [o réu] contou histórias que não se sustentaram, o promotor falou depois, conseguiu comprovar que eram mentiras e convenceu o júri.”

A pena de 25 anos de regime fechado

“Eu esperava mais. Mas fico satisfeito porque pelo menos uma parte ele vai cumprir, sabemos que tinha que ser mais, não traz a Patrícia de volta, mas pelo menos me dá um pouco de alívio. Eu agradeço a todos os jurados, a cada um, agradeço ao promotor – fez um belo trabalho – aos presentes, ao juiz, aos amigos e irmãos, cunhados, agradeço a todos e a vocês da imprensa que acompanharam tudo desde o início. A Justiça de Deus, eu digo sempre: nunca tarda e nunca falha.”

 

Painel com reportagem da RBN.

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