PAULO AFONSO- A notícia do depoimento da funcionária da prefeitura – cuja identidade está mantida em sigilo – que foi afastada por quatro meses, ao Ministério Público Federal, há alguns dias, renovou o ânimo da imprensa sobre o processo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal.
Ocorre que a dita CPI ainda não conseguiu sair do papel, porque a Procuradoria do município conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça da Bahia, que derrubou a decisão do juiz Paulo Ramalho que, então, autorizava a continuidade do processo de CPI.
Quando o assunto vem à baila, o nome do ex-secretário de Saúde, Ghiarone Garibaldi, é frequentemente citado como o depoimento mais importante da possível CPI, uma vez que ele assumiu a pasta no momento mais delicado da pandemia de Covid-19, e foi no período de sua gestão que se deram as compras e contratos sobre os quais há questionamentos na Justiça.
O ex-secretário, no entanto, enfatiza que sempre esteve disposto a qualquer esclarecimento, independente de CPI. Inclusive, a defesa de Ghiarone encaminhou ao Painel um documento comprovando que ele tomara a iniciativa de ir à Câmara Municipal, por meio de um requerimento envaido à presidência da Casa.
A presidência da Câmara, na pessoa de Pedro Macário Neto, dispensou a ida de Ghiarone “por não haver previsão legal para a convocação de pessoas.”
Ghiarone teve desempenho importante no processo de adequação das unidades hospitalares à demanda imposta pela pandemia de Covid-19 e alega que sua saída do governo se deveu à questões políticas.