PAULO AFONSO – O governo municipal e a Atlântico tinham um problema em comum que, na exposição que fizeram nesta manhã na Câmara Municipal, justificava, segundo eles, todos os percalços pelos quais passam o usuário do coletivo na cidade, a começar pela falta de ônibus: as vans.
O secretário de Administração, Cléston Andrade, disse que as vans passam, pegam o passageiro que paga, e só fica os que não pagam para os ônibus.
O vereador Bero do Jardim Bahia (PSB), disse que o governo tentou tapar o sol com a peneira. “Nós temos relatos de moradores que pegam o ônibus em um dia, e no outro ele passa, quando não deixa o passageiro no meio do caminho; se o passageiro vai reclamar na empresa, diz que lá também não é bem tratado.”
“Tudo o que cobramos hoje, o governo vem colocar a culpa na pandemia. A empresa tem que se adaptar, ter gerencia e atender bem as pessoas – é assim que está no contrato – antes nós tínhamos a Aratu e a Vitran, duas empresas, e nunca faltou passageiro”, rebateu o vereador.
Bero disse que a situação do transporte alternativo não se aplica à maioria dos bairros:
“Essas dificuldades que eles citaram já existiam há muito tempo; o que não pode é o usuário pagar pelo mau serviço da empresa.”
Prossegue Bero: “o próprio secretário falou sobre várias punições à Atlântico, então se ela não está se alinhando, é preciso cancelar o contrato como ocorreu às empresas Aratu e Vitran, que perderam as linhas porque apresentaram falhas, e olhe que muito menos que essas da Atlântico.”
Bero disse que a mudança em cinco anos desde que a Vitran saiu foi positiva: “A cidade cresceu, então há mais passageiros.”