PAULO AFONSO – Doutor Afonso Oliveira, do Hospital Municipal, prestou queixa à delegacia territorial, na noite desta terça-feira 05, após ter sofrido agressões verbais de uma paciente atendida durante seu plantão.
As informações são da RBN, de acordo com o que foi divulgado por meio de áudios do próprio médico, uma mulher que havia sofrido uma facada na cabeça fora atendida na sala de sutura do Hospital.
O médico segue informando que a agressão não havia sido por arma branca, mas por uma pedra, um paralelepípedo.
“Nós fizemos as primeiras avaliações e ela [a paciente] sempre falando palavras de baixo calão, totalmente embriagada… Iniciamos o procedimento padrão, tinha muito sangue […] ela começou a relatar que tinha filhos pequenos, pedimos para ela ter calma, falamos para que ela nos ajudasse para que o serviço pudesse fluir, nessa hora ela se levantou e disse que nós estávamos chamando ela de vagabunda, de prostituta e que ela tinha família e que o irmão dela – a família como um todo- falaria com o médico, que isso não ia ficar assim”, conta o médico.
Ainda segundo ele, os procedimentos na paciente continuaram debaixo de muitos palavrões e ameaças.
“Antes que a agressão verbal se tornasse física, eu me neguei a fazer os demais procedimentos quaisquer que fossem, e saí de dentro do hospital fui chamar o policiamento, me senti ameaçado”, acrescentou doutor Afonso.
O médico pediu as medidas cabíveis da polícia e foi prestar queixa. “Esse é o terceiro boletim de ocorrência que eu presto aqui, os demais foram dois homens.”
“Está começando a ficar corriqueiro”, enfatiza o médico.
Ao final do relato, o médico lamentou o estado de insegurança com o qual convive diariamente durante o trabalho e que eles enfrentaram dois anos de pandemia sem poder tirar férias, e agora, estão sendo penalizados por pessoas desinformadas.
Painel com reportagem Rádio Bahia Nordeste.