PAULO AFONSO – para começo de conversa, o grupo de articuladores políticos que hoje cerca o mandato de Luiz de Deus (PSD), que não é o oficial, diga-se de passagem, já tem no currículo a eleição impossível de 2020.
Quando todos davam a carreira política do prefeito por encerrada, dada a dificuldade imposta pela Covid-19 e a cisão do grupo que levou parte dos apoiadores tradicionais do grupo, então colados no ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos), Clecinho Inovare e Diego Odiceia, forjaram uma aliança com o Progressistas, aos 48 do segundo tempo, passando por cima de um ranço que durava mais de 30 anos, e colocando na mesma foto: Luiz de Deus e Mário Júnior.
O resto é história.
O cenário dois anos depois da vitória não era menos tenso. Sem um candidato estadual para chamar de seu, e com incertezas sobre quais nomes apoiar para as vagas federais, a base do governo estava totalmente desarticulada e com vereadores “fechando por fora”.
Eis que a dobradinha Mário e Luizinho, federal e estadual respectivamente, como as candidaturas oficiais do governo, uniu as bases do grupo e motiva o prefeito.
“Hoje o mais motivado com a candidatura de Luiz é o prefeito”, observa os interlocutores.
Val, então articulador político não conseguiu dar um passo que se aproveite. Coriolano, substituto, não teve tempo ainda para fazer nada, e nem vai. O modelo corrente é outro:
“Não queremos ouvir lorota e fumaça de Reginaldo e Val, queremos sentar com quem entende do novo momento que a cidade vive”, disse sob reserva, um vereador da oposição que negocia com o governo.
Fechando a tríade, outro nome importante dessa nova safra é o publicitário Koca Tavares. Os três juntos, agora, prometem mudar a tradição da eleição nacional de mexer menos com o eleitorado: “Nós vamos atrás do último apoio. A gente não vai desistir, e eles sabem que não é conversa, quando a gente chega é para resolver”, comentou um dos marqueteiros, também em sigilo.