PAULO AFONSO – Como se não tivesse existido o ano de 2020, a prefeitura deixou mais uma vez para tomar medidas restritivas inócuas, diga-se de passagem, aos 42 do segundo tempo.
A expertise adquirida com a crise de 2020 não serviu para nada. Daí, paralelamente surgem dois problemas: prejuízo para o empresariado e desgaste político – em ano eleitoral-, para não fugir à regra.
A prefeitura vai anunciar a proibição de eventos por 30 dias, em razão da alta contaminação por Covid no município.
O empresário Paublio Oliveira, dono de casa de Show, não se conteve ao saber do decreto que virá amanhã, de forma açodada sem ouvir os prejudicados, à medida que permite o funcionamento de eventos como religiosos, missas e cultos com até 50% da capacidade, e a visitação à cachoeira [90 pessoas por turno] que, de toda sorte, gera aglomeração.
Em entrevista à Angiquinho FM, o empresário detonou: “Eu venho gastando dinheiro para cobrir os projetos e quando é agora, em cima da hora, vem um decreto. Não é assim, nós precisamos conversar, também com donos de restaurantes e músicos para ver como vai ficar”, disse Paúblio em tom de revolta à rádio.
O empresário disse que tem programação já contratada para amanhã e que não “não está em si”, que “simplesmente não acredita”, que o decreto vá inviabilizar a sua e a programação de centenas de pessoas para esses dias.
Paublio disse que entende a situação pela qual passa a prefeitura, mas que é preciso conversar com o seguimento:
“Não é dessa forma gente!, a gente tá sofrendo e a partir de agora vamos sofrer! Funcionário meu já ligou chorando: “vamos viver do que agora?”, eu fiquei triste em ver essa resposta para uma situação dessas.”