PAULO AFONSO– Luiz Humberto, administrador do BTN, genro e homem de confiança do prefeito Luiz de Deus (PSD), que foi o escolhido para ser o nome do governo à disputa de uma vaga na assembleia estadual, afastando o temor de que o grupo ficasse sem candidato próprio nesta eleição.
Tal indefinição, diga-se de passagem, alimentou o boato de uma possível reaproximação entre Luiz e o ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos).
Luiz Humberto admitiu que tal possibilidade inexiste. Aliás, o assunto foi posto à mesa, antes que ele assumisse a posição de candidato do governo.
A candidatura de Luizinho está implicada numa parceria inédita entre ele o deputado federal Mário Júnior (Progressistas), num rearranjo político forjado nas eleições de 2020 cujos frutos, esperam-se ambos os lados, solidifique o novo grupo político, a despeito até dos aliados. Tanto do PP como do governo.
Há, na verdade, má vontade no entorno da casadinha Luiz e Mário, e, de certa maneira, a recente troca de secretariado promovida pelo prefeito, excluindo o Progressistas do 1º escalão, tensionou a relação, dando razão aos que torcem contra.
Ao colocar Mário Júnior como parceiro fundamental do governo, Luizinho não apenas garante apoio à reeleição do deputado, como ensaia a sua própria campanha se assemelhando ao parceiro: “A participação de Mário no momento difícil da pandemia é indiscutível; sobre participar do governo, o próprio Mário não fez questão de secretária, ele quer participar de alguma forma, e vai”, assegurou Luizinho.
A entrevista é exclusiva do Programa Radar da Angiquinho FM, vai ao ar no programa de amanhã (18/01), adiantamos os pontos principais:
“Nós acreditamos em Mário”
Luiz Humberto afirmou que o grupo acredita na capacidade do deputado Mário Júnior. “Nós enxergamos nele uma pessoa que tem muito ainda a dar a Paulo Afonso.”
Ocupar uma secretaria, supostamente, daria mais segurança ao apoio do governo Luiz de Deus à candidatura de Mário Júnior.
A decisão política oficializada por A ou por B, é um problema do senhor prefeito. Pelo que eu sinto ele não tem nenhuma restrição ao nome de Mário Júnior. Quando a permitir que outra candidatura como a de Otto Filho (PSD) transcorra de forma pacífica e política por que não?, é um companheiro de partido. Eu acho que Paulo Afonso tem espaço para muita gente.
Significa que as candidaturas vão coexistir no governo?
Isso ainda não foi discutido nem com Otto nem com Mário. Eu tenho um compromisso com Mário Júnior, eu tenho, certo, mesmo porque foi com ele que tudo começou. Ainda não tratamos desse assunto com ninguém. Veio o convite para que caminhássemos juntos, eu aceitei, vamos trabalhar e torcer muito pela reeleição dele e de Otto Filho, porque acho que eles podem fazer sim uma boa parceria para Paulo Afonso.
Nesse caso, o senhor confirma a sua pré-candidatura?
Pensei muito nessa questão, ponderei e relutei. Não tenho vaidade, quero deixar isso claro – se vier a se concretizar a minha candidatura-, eu sou pré-candidato, não por vaidade ou ganância de poder, nunca tive isso. Se vier acontecer eu vou lutar por uma eleição que, na minha opinião é a maneira mais rápida para continuar servindo é através da política. A minha vida toda foi assim, é servir, compreender e atender, e a política me dá essa condição. Então, não quero dizer que sou o cara, mas tenho responsabilidade com as coisas que vou enfrentar. Tomei a decisão e vamos trabalhar porque Paulo Afonso precisa de um candidato genuinamente seu. Eu sou natural de Paulo Afonso, nasci aqui, desenvolvi projetos aqui e assim eu vou continuar. Eu e Mário fazemos o casamento perfeito.
Entre os vereadores governistas o apoio a Mário é praticamente fechado, e em relação à sua candidatura?
A pressão é grande e partiu deles mesmos. Eu sou questionado e todos declararam apoio e felicidade, todos entenderam dessa forma que precisam de Luizinho nesse momento; precisam de alguém para confiar e empreender um projeto político. Nós vamos caminhar com o deputado, as nossas principais lideranças, e essa dobradinha Luiz e Mário será o melhor resultado que Paulo Afonso irá vislumbrar na política local.
