PAULO AFONSO – Grosso modo, o vereador Zezinho (Progressistas) é um político sobrevivente. À diferença de outros políticos com o mesmo tempo no cargo, o vereador não enriqueceu. Ao contrário, Zezinho é, a cada dia mais cansado, exaurido e sem foco.
O vereador foi o que mais sentiu a falta de posição do partido em relação ao governo municipal. Filiado ao PP depois de partir para a oposição, Zezinho até hoje não sabe se é governo ou oposição e, na dúvida, foca sua artilharia no presidente Bolsonaro, o que o torna quase um alienígena.
Ao vereador, em regra, cumpre destacar seja pelo bem ou pelo mal, o que acontece no município sem muitos escapismos. A prova de que isso não dá certo foi o que aconteceu a Moreirão.
Contestador, sofredor com a situação do munícipe, mas sobretudo político esperto, Zezinho ao ser “enxergado” pelo governo, pisou no freio. Mas antes desse acerto, costurado com fio de cabelo, chegou a afirmar com outros termos, que o prefeito já tomava mingau pelas mãos dos outros.
O fato é que segundo suas palavras, semana passada, chegou o momento de passar seu legado ao filho Marquinhos. De acordo com o repórter Arnaldo Ferreira, da Angiquinho FM, Zezinho esbravejou nos corredores da Câmara Municipal que estava cansado e que não iria mais disputar a eleição de 2024.
O grande problema, a ser verdade seu intento, é que não se trata exatamente de um legado, mas de uma cruz, que dificilmente outra pessoa saberá carregar.