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Paulo Afonso-BA, 23 de abril de 2024

CPI: ida de Anilton à Câmara acende alerta na prefeitura “Será que Macário aguenta?

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PAULO AFONSO – A dita CPI da oposição há muito tempo não é mais dela. Virou um instrumento de desgaste na mão de políticos que veem em sua possível instalação a única chance de se parear a Galinho (PSDB) na disputa de 2024.

Enquanto o ex-vereador se mantiver distante de Bolsonaro, continua imbatível. Ele e os adversários sabem disso.

Eis que a CPI que versa sobre investigações acerca do recurso da Covid-19 empregado pela gestão de Luiz de Deus (PSD) é conversa para boi dormir. O que todos querem é a cadeira do prefeito.

De um lado, se ele [Luiz de Deus] não aguentar a pressão, tem quem possa assumir; e do outro, ainda que tenham que passar pelo escrutínio das urnas nos pleitos de 2022/24 o prefeito e seu grupo fora, é um empecilho a menos.

Sem falar que, os críticos, em regra, além de dizer que Luiz de Deus faz uma gestão temerária não se esforçam para apresentar uma alternativa de gestão, daí por que uma CPI vem bem a calhar para quem já estava dado como desaparecido político e/ou sem chance de vencer Galinho pelo voto, por isso a CPI não passa de massa de manobra política.

Cada um joga com o que tem.

Sim, a CPI é o que tem para hoje, e é inacreditável como ela pôde chegar a esse ponto, de precisar ir à Justiça, quando o governo teve 11 vereadores, assessoria jurídica e o presidente da Câmara que, a bem da verdade, não lhes serviram para nada. Cargos e mais cargos distribuídos sem olhar a quem, para, agora, o governo ouvir de aliados que “não sabem o que vão fazer.”

O ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos) esteve hoje pela manhã na Câmara e foi o suficiente para que aliados do governo fizessem a seguinte leitura: “estamos lascados!”.

Vereadores da oposição que já estão na rua sem ter mais o que perder, vazaram a colegas do governo que amanhã, durante a sessão ordinária, o presidente Pedro Macário será encurralado.

O governo, a par de tudo, cobrou explicações de Macário. “A conversa lá não foi boa não”, garantiu um interlocutor do prefeito, ao Painel, em caráter reservado.

O presidente da Câmara está sendo espezinhado, sessão após sessão, para dar prosseguimento à CPI ou enterrá-la, não faz nenhuma coisa nem outra, mostrando-se reticente.

“Sabe o que vai acontecer, vão pedir arrego ao deputado Mário Júnior (Progressistas), e eu, se fosse ele, mandava todo mundo …”, acrescentou a fonte.

A CPI por dentro.

Tem vereador de oposição que me garantiu em reserva, que, “por amizade” vai poupar Cíntia Rosena, secretária da Sedes, da qual se espera explicações sobre um contrato assinado por ela, no qual consta o nome da ex-secretária Ana Clara. “Com Cíntia ninguém mexe”, disse o vereador.

Tal posição entrará em rota de colisão com a de outros colegas que, genuinamente, creem que a CPI existe para investigar possíveis desvios do recurso Covid.

A decepção no governo é extrema. “A gente fica incrédulo em ver como colocaram Luiz de Deus numa sinuca dessas.”

A CPI na Justiça.

A única saída para os dois lados da questão é essa. O vereador Jean Roubert (PSD) já avisou a Macário – antes do tiro de misericórdia que está preparando que, se ele não abrir a CPI será questionado juridicamente. E, no caso de ele abrir, será também, pelo governo.

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