PAULO AFONSO – Resta claro que o projeto de CPI faz companhia ao Titanic.
Que Jean (PSD) tente ainda agarrar-se ao que sobrou dela, vá lá, entrou de gaiato no navio e agora ainda está tonto com a pancada. Mas os demais vereadores a essa altura, se deram conta que estão perdendo tempo com o que está liquidado.
Zezinho e Paulo Tatu (Progressistas), claro, não esperaram sequer a embarcação dá sinais que naufragaria e puseram os pés no governo, embora ainda permaneçam com as assinaturas no requerimento que hoje mofa na gaveta da presidência da Câmara.
Aliado urgentíssimo do prefeito Luiz de Deus (PSD), Macário (DEM) escuta que “não deve prevaricar” e não movimenta um único músculo da face.
A oposição, há de se reconhecer, soube aproveitar bem a matéria e se colocar em destaque enquanto o governo não atinava para o que se passava pela Câmara, uma vez que o fez, com as cartas que dispõem todo prefeito, enterrou-a.
O mais são lamúrias, choramingos de quem viu o cavalo selado passar à porta e ir embora, levando uma oportunidade.
Se a oposição levar a questão à Justiça, como diz que fará, também não vai colher nada.
Questionada sobre o argumento da oposição, a Procuradoria foi explícita:
“Não compete à Câmara Municipal investigar por meio de CPI recursos federais, isto é uma competência do Tribunal de Contas da União.”
Nesse caso as linhas tortas não vão escrever na Justiça um final feliz para a oposição, e, por fim, a petição da bancada governista com 10 assinaturas pedindo o arquivamento da CPI, duas, que também, outrora, estavam com eles.
Recolhidas as evidências, como ficou bonito dizer: o povo que julgue.