GLÓRIA- Há deficiências no convênio dos nove municípios com a Policlínica Regional de Paulo Afonso?, sim, o mais preocupante deles é a falta de alguns especialistas, que, de toda maneira, as prefeituras cobrem os gastos, mas ainda não têm o atendimento.
Qualquer outra crítica ao convênio que oferece especialistas, exames de alta complexidade entre outros serviços médicos, vem de má vontade e falta de informação.
Ontem, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Glória, o convênio sofreu críticas porque os vereadores, em regra, não têm por hábito, antes, fazer contas.
E elas são simples, de acordo com o secretário de Saúde do município, Flávio Souza, em entrevista à RBN.
“No mês de outubro foram ofertados mais de 60 consultas com especialistas para os nossos munícipes; 256 procedimentos, entre curativos, pulsões e exames, então se nós formos levar em consideração o valor de uma simples tomografia – a mais básica-, sabe que vai pagar 500 reais [sem contraste], então só com tomografia nós gastaríamos mais de 22 mil reais, de apenas um exame que foi feito. Então o que foi dito aqui foi uma falácia, vale muito a pena sim!”, rebateu o secretário.]
A solução
Flávio explicou ainda que os municípios vão procurar a gestão da policlínica para otimizar os recursos que ficam parados por falta dos especialistas.
“O que não é pago para os profissionais que não temos na policlínica fica no caixa, então os prefeitos, em comum acordo, determinam que pode ser feito um mutirão de oftalmologista e assim os municípios podem exaurir suas demandas.”
Flávio também negou que o município não tenha disponibilizado os ônibus para levar os pacientes à policlínica.
“O que ocorre é que, de 25 pacientes agendados para o atendimento, o ônibus vem e leva 4 ou 5, porque os pacientes não querem ir nos ônibus e ficar lá esperando o dia todo. Pela proximidade, eles ficam em casa e preferem usar os carros que são pagos para uma emergência, para uma necessidade na zona rural”, disse.
O secretário acrescentou que essa “opção” dos pacientes está gerando muitos transtornos à Secretária, porque deixa essas área descobertas no caso de haver uma emergência. “Quando se tira um carro para uma pessoa ir fazer exames, deixa descoberta toda uma área; eu acredito que o ônibus faz parte do pacote, ele não vem mais porque não vale a pena. Eu faço um clamor: usem o ônibus para evitar um problema maior para a comunidade.”
O ônibus em questão vem da cidade de Jeremoabo, bem cedinho, passa em Glória e pega os pacientes.