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Paulo Afonso-BA, 25 de novembro de 2024

“Pedra de Paulo Afonso deve ficar no município e beneficiar trabalhadores”, diz Gilmário sobre apreensão no Rio do Sal

PAULO AFONSO – Há pouco, o vereador Gilmário Marinho (Podemos), em entrevista à Rádio Angiquinho FM, comentou a apreensão de toneladas de pedras na última sexta-feira 27, pelo ICMBio, órgão do Ibama, no povoado Rio do Sal.

De acordo com o órgão, a atividade naquela pedreira não era permitida por se tratar de área de preservação ambiental.

Povoado Rio do Sal. Foto: Assessoria Parlamentar.

O vereador interveio na questão por dois motivos: em primeiro lugar, porque são 30 famílias em atividade no local há mais de vinte anos, e que ficaram de repente sem trabalho e sem poder negociar as pedras com a prefeitura.

Além da ironia perversa de o São Torrado ter suas imensas pedreiras usadas para calçar todo o município, enquanto o povoado não é pavimentado.

Em segundo lugar, porque a matéria-prima de Paulo Afonso também foi fatiada entre os municípios de Glória e Santa Brígida.

“Eu vou procurar o secretário de Meio Ambiente [Ivaldo Sales], o conselheiro do Meio Ambiente e daqui para frente eu espero que aquelas famílias não fiquem como estão hoje, sem o sustento do ganha-pão”, pontuou.

“Eu não me coloco contra a fiscalização do Ibama, sabemos que todo ano fazem, mas eu quero saber exatamente quantas carradas de pedra ficaram em Paulo Afonso e quantas foram para Glória e Santa Brígida, e o porquê dessa ida. O Rio do Sal ao longo da sua existência calçou Paulo Afonso e região e não tem um metro quadrado de calçamento”, disse Gilmário.

Por ora, será dada uma solução intermediária. Amanhã (02), o vereador voltará a se reunir com a comunidade do Rio do Sal com a possibilidade de os trabalhadores serem levados para pedreiras cuja atividade é permitida.

Mas ainda resta o problema das toneladas apreendidas. “É uma questão social muito grave, ouvi muito clamor das pessoas sem saber como vão fazer a feira, comprar remédio, o gás, após um trabalho tão árduo. É simples o órgão chegar e fiscalizar, mas vamos unir os órgãos competentes para tomarmos um rumo possível, que tenha uma área possível de ser cedida a esses trabalhadores, porque são mais de 30 famílias” reforçou o apelo, Gilmário.

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