PAULO AFONSO – Um dos maiores problemas para a mulher que, tenta escapar da violência doméstica e se separa, é como sobreviver eliminando a dependência financeira que tem do companheiro (a).
É comum ver muitas vítimas retornando à Deam para retirar a queixa contra o agressor alguns dias depois de denunciá-los, exatamente por essa razão.
Foi esse o tema levando pela empreendedora Manu Siqueira, que atua no ramo de estética, na sessão especial que trata a violência doméstica na Câmara Municipal nesta quinta 26.
“A violência está em todas as classes, porém, no caso das classes mais baixas, das mulheres pobres, a principal causa é porque essas mulheres não são protagonistas da sua renda, não têm um auxílio, nem suporte financeiro. Elas olham para os filhos, para si mesma e pensam como vão ficar sem pagar as contas, sem comprar alimentos para os filhos?, essa mulher precisa ser motivada a ser empreendedora”, comenta Siqueira.
Ela citou a experiência que viveu para se tornar empreendedora e lamentou a falta de políticas públicas voltada para mulheres se tornarem independentes.
“Eu comecei muito cedo, não foi fácil, não tive suporte do estado, do município em relação ao conhecimento técnico de cursos relevantes, precisei buscar de forma particular, e isso é uma pena.”
Na opinião da empresária é necessário mudar o foco dos cursos que ofertados:
“É preciso motivar para que elas empreendam e tenha cursos profissionalizantes dentro do mercado atual que deem ascensão a essas mulheres; nós estamos no século 21; e curso de bordar em pano de prato, me perdoem, não trazer independência financeira a elas nem para administrar os filhos.”
“Criatividade e ousadia”
“Eu falo com propriedade, sou proprietária de uma clínica de estética e de saúde, e mesmo durante a pandemia não tive queda brusca no meu faturamento, porque eu não lido apenas com a beleza exterior. Quando eu trato a beleza exterior previno em mulheres, homens e crianças, a doença, seja ela física ou psicológica, porque tudo que está no exterior, reflete na nossa autoestima.”