PAULO AFONSO– O empresário Gibson de Oliveira, dono do terreno no Santa Inês, BTN, em questão de desapropriação, deu entrevista há pouco à Angiquinho FM, e afirmou que a propriedade foi comprada há cerca de 12 anos, da família de “Val” secretário da prefeitura.
Na última segunda-feira 02, o vereador Gilmário Marinho (Podemos) disse na tribuna da Câmara Municipal que o empresário havia ameaçado “derrubar tudo com trator”.
Hoje, após muita confusão e de moradores terem procurado à Polícia Civil para prestar queixa, Gibson negou que tenha feito ameaças e disse que não vai permitir a venda de terrenos como está acontecendo:
“A partir de hoje se eu ver que estão construindo aqui, eu vou chamar a Polícia Militar, porque não pode invadir, quem tem sua casa, fica com sua casa.”
A compra
“Temos documentos certo, era do pessoal do Belvedere e esse terreno todo mundo sabe é propriedade particular; tem testemunhas, se você procurar o Val, sabe, tem documento, tem planta, tem tudo”, respondeu Gibson sobre a compra do terreno.
De acordo com o empresário, quando foi comprada a propriedade não havia por lá moradores.
“A prefeitura me procurou [durante a campanha] mais de 20 vezes para eu limpar esse terreno, quando chegamos lá encontramos casas feitas no terreno.”
O que o empresário diz ter feito:
“Eu procurei as famílias e avisei “chegou o dono e vamos tomar conta”; nós não vamos derrubar, não vamos fazer nada, mas no outro dia esse pessoal chamou Mário Galinho, que é candidato e ficou acordado assim: ninguém vai derrubar casa, mas eles começaram a cercar e vender terreno de 6 mil, 3 mil e até 2 mil reais”, relatou Gibson.
Quando Ozildo Alves perguntou a ele, o porquê de não ter apresentado a documentação do terreno provando ser o dono da propriedade, “nem a dona Lidinalva nem no boletim de ocorrência?” Gibson deu uma resposta atravessada:
“Eu não tenho satisfação de mostrar documento a ela, certo, documento eu mostro é Justiça, se eu chegar dentro do terreno, do meu terreno que eu estou representando, eu chamo a polícia e digo que está invadindo, aí eu mostro meu documento do que é meu, eu não tenho satisfação a dar a essa mulher.”
O empresário acusou a moradora de “estar vendendo o que não lhe pertence”.
A questão está judicializada.