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Paulo Afonso-BA, 19 de abril de 2025

Políticos eleitos com promessa de dar empregos a cabos eleitorais sabem que esse truque não cola mais

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PAULO AFONSO – Não é que os políticos pauloafonsinos destoem do que é praticado no restante do País. Aqui como em outros lugares a tradição é da política de compadrio.

O problema reside na quantidade de mentiras e promessas feitas aos cabos eleitorais em 2020, que agora são desnudas e já se sabe, não serão cumpridas.  De quebra, quem ganhou emprego ainda no curso da campanha se já não foi demitido, será.

Há outro problema correlato: os partidos.

O caso mais explícito é o do Avante- da base do prefeito Luiz de Deus (PSD)-, cujo único representante com mandatado, Keko do Benone, está sendo cobrado por uma espécie de mesada, de “200 reais” aos mais votados.

Há nisto uma crença que precisa ser desfeita. Nenhum parlamentar tem líquido, somando o salário e a verba de gabinete, 48 mil reais, como foi dito nos áudios vazados do grupo do Avante. Se for o presidente, como tem direito a dois gabinetes, o dele e o da presidência, chegará perto, mas não em valor líquido, soma-se os cargos.

Cabo eleitoral chupando o dedo em 2021

O que dava cobertura a esse tipo de escambo eleitoral, por assim dizer, era a certeza de que o prefeito eleito e /ou reeleito, o emprego estava garantido, por intermédio do vereador da base, da mesma forma vencedor.

O ano em vigência desafia a tradição de atender a esses vereadores, especialmente os novatos, os que não desfrutam da confiança do prefeito, e, por fim, aqueles que se encostaram no grupo sem que lhes fossem prometido nada – o caso do Progressistas.

Daí por que os cabos eleitorais vão ficar ouvindo desculpas esfarrapadas por 4 anos, e não vai ter emprego. Talvez, próximo a 2024.

A única coisa realmente boa que poderia advir desse estado de coisas seria uma mudança radical na escolha dos próximos representantes.

Que seja motivada por quem ficou de fora da festa, pelos jovens que nunca participaram dessa política comezinha e de atraso institucional e econômico, como é possível que mais 100 mil habitantes girem em torno de uma prefeitura!

A sociedade ainda que tacitamente precisa reagir ao que foi produzido no Hospital Nair Alves de Souza.

Não é aceitável que a única referência de saúde da região tenha servido de feudo eleitoral, deixando a população à mercê da sorte, ou melhor: de Deus.

O movimento é adaptativo, e sem volta, a crise impôs uma nova forma de fazer política. O truque do emprego, graças a Deus, não se sustenta mais.

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