PAULO AFONSO – Políticos do Progressistas não querem sequer atender o telefone, quando do outro lado da linha tem um interlocutor do governo. Como diria Gonzaguinha, “Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio/ e que já não dá mais para engolir/…”
Pois é, o 1º semestre passou para o PP como se ele não fosse ninguém para o governo.
Por seu turno, na lateral, a oposição está à mercê de haver uma fissura definitiva entre as partes para ter chances reais de levar adiante a CPI.
A CPI veio à baila na Câmara Municipal [o assunto], levada pela oposição – especificamente o vereador Marconi Daniel (Podemos)- após o Ministério Público Federal e a própria prefeitura investigarem suposta compras fraudulentas de respiradores, no ano passado.
A união entre PP e o governo, forjada nos momentos finais da campanha do ano passado, foi o que garantiu o retorno de Luiz de Deus (PSD) à prefeitura. A façanha, no entanto, nunca foi encarada como necessária pelo prefeito, que nem é o caso de ter a “porta entreaberta”, ela está fechada mesmo para o PP.
Sim, Gonzaguinha vale aqui também:
“E assim nossa vida é um rio secando/ as pedras cortando/ eu vou perguntando/ até quando?…”
O fato é que sem o PP a CPI pode ter o caixão encomendado. Não tem votos, e se for reparar bem, nem mesmo o argumento central da sua importância e necessidade foi expressado com precisão.
Ademais, nem mesmo o PP, desiludido, desamparado e abandonado por você, paquera ela.
Com o recesso e o frio que faz em Paulo Afonso, congelou.