PAULO AFOSNO – Na próxima semana os vereadores de oposição começarão a listar as denúncias, uma a uma, com as quais pretendem abrir um processo de investigação na Câmara Municipal, a famosa CPI da Covid-19 em Paulo Afonso.
Os parlamentares sustentam que, as sindicâncias instauradas na prefeitura, a partir das investigações do Ministério Público Federal sobre uma suposta compra fraudada de respiradores tendem a livrar os nomes que participaram do processo da compra, ou seja: os peixes grandes.
A funcionária da Secretaria de Saúde, punida com afastamento de 60 dias não teve o nome divulgado porque o processo corre em segredo de Justiça.
Há pouco, o procurador do município, Igor Montalvão, afirmou à RBN que a Câmara não tem evidências que sustentam uma CPI.
“Não tem até porque, como eu disse, o próprio município tomou providências para investigar os fatos e encaminhou ao Ministério Público Federal, por exemplo: essa CPI do Congresso quando ela finalizar o resultado vai encaminhar os fatos ao Ministério Público Federal, isso nós já fizemos, não cabe ao vereador escolher quem ou não vai ser punido, ele nem faz parte do processo da sindicância para falar que: ‘ela não agiu só’, ‘que fulano ou ciclano fez isso ou aquilo’, qual evidência ele tem?”
Igor disse ainda que só quem pode pedir o afastamento do prefeito Luiz de Deus (PSD) são os desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região com sede em Brasília. “Nem juiz da cidade cabe, nem o Ministério Público Federal da Cidade cabe.”
Foto: divulgação RBN.