PAULO AFONSO – A prefeitura usou a procuradoria durante a semana para responder e alfinetar o vereador Bero do Jardim Bahia (PSB), acerca de suas declarações na semana passada de que a Câmara Municipal não pode simplesmente assistir a duas investigações que correm em paralelo, as sindicâncias da prefeitura e do Ministério Público Federal, sobre supostas compras fraudadas de respiradores sem que tenha uma apuração independente.
O parlamentar disse que se corre o risco de o prefeito ser afastando sem que o Parlamento faça nada.
O procurador do município, Igor Montalvão, provocou o vereador dizendo que “ele foi quem cometeu crime”, porque fala de um processo que corre em segredo de Justiça e afirmou que a Câmara não tem evidências que justifique CPI.
Bero disse que agora está mais preocupado porque a prefeitura tem um procurador que sequer conhece o Regimento da Câmara.
“Percebi durante a semana toda um total desespero. Eu fico mais preocupado ainda em saber que tem nesse alto cargo do município uma pessoa que não está preparada. Quando falamos em CPI não estamos acusando o senhor prefeito de nada errado, mas queremos uma investigação”, comentou Bero.
Em seguida o vereador lembrou que o próprio município vê indício de fraude porque instaurou três sindicâncias e afastou uma funcionária e investiga empresas.
“Senhor procurador eu não comprei respiradores nem insumos; o Ministério Público está investigando e nós não queremos o pior para Paulo Afonso, mas a gente cobra e provoca as secretarias para melhorar a situação das comunidades, e onde estamos fazendo alguma coisa errada?”
Se Luiz de Deus não deve, não teme.
Bero sugeriu ao prefeito Luiz de Deus liberar a sua bancada para aprovar a CPI. “Libere prefeito, porque quem não deve não teme.”
O vereador insistiu ainda que é necessário manter as sessões da Câmara e anular o recesso parlamentar marcado para julho.
“Ele não vai nos calar e aqui eu destaco também a importância de manter essa Câmara aberta, estamos aqui defendendo as necessidades da comunidade e que se faça um projeto de resolução.”