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Paulo Afonso-BA, 24 de abril de 2024

GLÓRIA: “Fui xingada de ‘sapatona’, “você não tem o direito de estar aqui”, me jogaram na cela e eu fiquei presa a tarde toda”

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GLÓRIA – A estupefaciente reportagem da RBN, levada ao ar, há pouco, está à espera de uma resposta do 20º Batalhão da Polícia Militar.

Antes de prosseguir, cumpre perguntar: fosse a jovem branca e filha de “alguém conhecido e rico” teria o mesmo tratamento?

Os pais de Ismara, Ivanildo e dona Ivone, solicitaram à reportagem da Rádio Bahia Nordeste para denunciar uma abordagem feita pela Polícia Militar no último domingo 13, nas mediações do entroncamento.

As filmagens são bárbaras.

 

A mãe da jovem, dona Ivone, defende a opção sexual da filha

“Eles deveriam defender a comunidade, né, pessoas inocentes, porque minha filha não fez nada… [a mãe chora] minha filha é lésbica, ou seja, sapatona, ela tem o direito de escolha dela; será que é crime ser sapatona?, crime é matar ou roubar. Ela é trabalhadora, nascida e criada em Glória, todos conhecem minha filha e eu não sou contra policial não, policial não é para cuidar das pessoas de bem, mas pior foi o que ele disse com a minha filha, chamou ela de lixo!, minha filha é um ser humano, uma pessoa de bem [ nesse momento choram mãe e filha]”

A jovem e o medo de ser o que é, o medo da polícia

“Dói um pouco, porque, por mais que eu seja o que eu sou, ele não tinha o direito de me bater, de cortar meu cabelo, eu tô aqui que não posso levantar o braço, pedi socorro, para alguém me socorrer, mas não deixaram entrar; eu agora quando ver um policial vou ficar com medo, porque eles me insultam para eu reagir, eu não desacatei porque eu sei que é lei; lá dentro ele repetiu: ” você não tinha o direito de estar aqui, que eu era um lixo!”

De acordo com Ismara ela ficou numa cela na delegacia territorial até às 17 horas. “Como se eu fosse um bandido, mas eu não sou.”

Em contato com a Ascom do 20º Batalhão, a PM diz o seguinte:

Em contato com a Ascom do 20º Batalhão, a PM diz o seguinte:

“Essas pessoas ou qualquer cidadão que se sinta ofendido (a) pela Polícia Militar deve procurar a Corregedoria Setorial do 20º Batalhão para que sejam ouvidas e de posse dessas informações, a PM possa abrir uma sindicâancia com objetivo de apurar as circustâncias e os fatos para que sejam tomadas as decições pelo comando do Batalhão.”

 

 

Em tempo: parabéns à RBN e ao repórter Thiago Nascimento.

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