PAULO AFONSO – A primeira vez que a palavra CPI surgiu na Câmara Municipal, faltava a ela a estrutura necessária para percorrer uma ardorosa burocracia dentro do trâmite legislativo, enquanto na via política a reputação de governo “ilibado” de Luiz de Deus (PSD) vai se deteriorando emparedado pelos fatos.
Agora, não somente a CPI ganhou sustentação jurídica como a necessária adesão dos demais vereadores da oposição.
Na sessão ordinária da Câmara, desta segunda 31, juntaram-se aos vereadores Marconi Daniel e Gilmário Marinho (do Podemos), então os únicos que entoavam o canto da CPI, os colegas Bero do Jardim Bahia (PSB) e a líder da oposição, Evinha Oliveira (Solidariedade); todos foram unânimes em defender uma investigação paralela a do Ministério Público Federal sobre suposta malversação de recursos públicos na compra de respiradores.
As razões para a campanha da oposição, vêm de uma singela conclusão da prefeitura sobre as apurações da sindicância que afastou em 24 de abril, uma funcionária da Secretaria de Saúde, segundo a oposição, a conclusão é de que só ela cometeu ilícito, a empresa envolvida, disse hoje o vereador Marconi Daniel, também foi punida. E ponto final.
Ou seja, se houve ilicitude ficou na conta da funcionária, seus superiores não têm nada a ver com isso, daí deve-se concluir que, se eles participaram de alguma coisa foram conduzidos ao erro por ela.
A versão apresentada pela prefeitura só não foi combinada com a funcionária, aí entra a oposição e a CPI para esclarecer como realmente ocorreram esses eventos na pasta da Saúde.
“Corre-se o risco de o prefeito ser afastado e gente aqui na Câmara sem fazer nada”, disse hoje o vereador Bero do Jardim Bahia.
Votos para a CPI
Aparentemente, a oposição só tem ela mesma, contudo, a situação do Progressistas é delicada. O deputado federal Mário Júnior esteve em Psulo Afonso na semana passada, porém, o governo continua com uma tranca sem abrigar partidários dele.
A clima no PP é de absoluta pressão e nada como um votinho na CPI, fazendo-a caminhar mais um passo, para o prefeito entender que amor precisa ser correspondido, não é mesmo?