PAULO AFONSO – Luiz de Deus (PSD) teve sua incapacidade de gerir o município desnudada em nível regional, pelo necessário vazamento de um áudio em que seu secretário de Saúde, Adonel Júnior, pede ajuda aos colegas da região com insumos e remédios.
Ontem, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, os vereadores [da oposição] expuseram às minudências e completaram o quadro tenebroso.
De uma UPA com pessoas sentadas no chão, tomando chuva, umas em cima das outras – e expostas ao vírus- como as razões de o município está com a cuia na mão atrás de medicação: falta de pagamento aos fornecedores.
Com a gestão na lona, rodeado de familiares sedentos por poder – e, para desgraça geral, incompetentes-, resta ao prefeito suplicar por intervenção do governo do estado para gerir a crise da Covid-19.
Não será a primeira vez, diga-se.
Em fevereiro, o governador Rui Costa (PT) ficou estarrecido com o número de casos ativos de Paulo Afonso e impôs que as divisas municipais fossem fechadas para não ver a Covid alastrada nos arredores.
Desde então o prefeito lançou mão do expediente e passou a viver, sem observar os detalhes locais, como disse o vereador Bero do Jardim Bahia (PSB), “de copiar e colar decretos estaduais”.
Para ter decretos de sua lavra o prefeito precisaria acompanhar a rotina do município, visitar hospitais, se reunir com os diversos setores da economia, promover mudanças no secretariado, colocar metas e acompanhar o desenvolvimento delas; correr atrás de parceiros, ir à Brasília, Salvador, enfim, ser aquilo que se entende ser função de um prefeito.
O proposital e importante vazamento do áudio de Adonel, felizmente, aclarou para a Bahia que há uma cidade onde se tem prefeito de direito, mas não de fato.
Foto: reprodução/Instagram da prefeitura de Paulo Afonso.