PAULO AFONSO – Se depender da bancada de oposição, o presente de grego preparado pela prefeitura para o trabalhador, amanhã, 1º de maio, dia do Trabalho, aumentando em 33% o valor da tarifa de ônibus, vai ter que ser negociado.
A bancada oposicionista liderada por Evinha Oliveira (Solidariedade), com os demais vereadores Bero do Jardim Bahia (PSB), Marconi Daniel e Gilmário Marinho, ambos do Podemos, impetrou por meio de uma ação popular um pedido de liminar contra a prefeitura de Paulo Afonso e a empresa de ônibus Atlântico, para suspender o aumento de 1 real anunciado.
A oposição alegou, entre outras razões, o seguinte:
Constata-se o grande desrespeito com a população, tendo em vista a crise econômica que assola a cidade de Paulo Afonso, diante da pandemia perpetrada pelo coronavírus (COVID-19), em que há um índice desenfreado de desemprego e um clamor social figurado.
Ocorre que, não há registro ou discussão pública sobre o reajuste de tarifa com a comunidade. ou seja, o transporte público em Paulo Afonso é uma “caixa-preta” e o reflexo disso foi o anúncio autoritário do aumento da passagem, sem qualquer debate, ao apagar das luzes de 2018.
Vale destacar que em janeiro de 2019 houve um reajuste de 20% via Decreto (três vezes o índice inflacionário do último período) no valor da passagem de ônibus em Paulo Afonso que é um ultraje ao código de defesa do consumidor. Por si só, o custo exorbitante da tarifa compromete o caráter público do sistema, indo na contramão do incentivo ao uso do transporte público na cidade, já que de tão caro limitará o uso popular sobre os ônibus. Não só, o aumento é extremamente abusivo, como também implicará no aumento do custo de vida de trabalhadores e estudantes, o que é dramático, sobretudo no momento de crise que estamos vivendo.
Em tempo: causa estranheza o silêncio dos demais vereadores. Estão de acordo com o aumento?, não estão?, são vereadores da população ou do prefeito?