GLÓRIA- A coragem da jovem Lucilene de 21 anos, que está grávida, em mostrar o rosto e o corpo ferido de balas, depois de passar por um carrasco que tentou assassiná-la a tiros, no último sábado 07, nos arredores do lar em que dividia com ela, nos enche de orgulho e medo.
A entrevista foi dada agora ao repórter Thiago Nascimento da RBN, com detalhes horripilantes que engrossam as estatísticas de feminicídios, e estão todos nos dias os programas policiais marcados com o sangue de mulheres derramados Brasil afora.
Felizmente a Polícia Militar interceptou o acusado, com a filha do casal [de apenas 7 meses], e uma quantia em dinheiro, quando este tentava evadir-se de Glória. Está preso.
A vítima conta no detalhe como quase desmaiando em meio ao sangue, conseguiu usar o celular e pedir socorro:
“Foi ontem por volta de umas 5 horas da tarde, ele estava bebendo, sob efeito de álcool; ele tava falando que eu tinha traído ele, que era pra eu dizer a verdade se eu tinha feito alguma coisa contra ele. Só que eu disse que não, não fiz nada contra ele, jamais faria, ele tinha minhas redes sóciais, meu celular… Tudo, eu nunca dei motivos. Mas ele disse que de ontem não passava. Eu percebi que ele ia me matar [a jovem embarga a voz] então eu pulei a janela – foi no momento em que ele pegou a menina e saiu para a sala; eu saí e entrei no mato e tentei pular a cerca, nesse momento ele disparou vários tiros, só que acertou um aqui nas costas e varou o ombro; eu consegui correr ainda, cheguei perto de uma porteira onde estava os animais, só que eu estava perdendo muito sangue; fiquei tonta, apaguei, acordei e liguei para meu tio, que mandasse uma Samu, que tinha sido baleada”, narra a sobrevivente, para o espanto de quem ler ou ouve.
Neste momento como foi bastante destacado na mídia, a Polícia Militar entrou em cena, com o tio da jovem e deram início a operação que prendeu algoz de Luciene.
Por fim, a moça pediu Justiça, repetiu que não fez nada. “Eu nunca vi ele naquele estado, eu não estava mais aguentando.”
O relacionamento tinha dois anos.
“Eu não percebi que ele era uma pessoa errada, nem agressivo ele era. Ele usava maconha, mas se alterava quando bebia.”
É impressionante como no final da entrevista a jovem chora, e diz “que não houve motivo, que não fez nada e que gostava muito dele.”
Painel com informações da RBN.