PAULO AFONSO – A gestão até aqui do Hospital Nair Alves de Souza, deixa por mês uma despesa de 50 milhões de reais, agora, pagos pela prefeitura. Evidentemente, o ente municipal não tem como ser o mantenedor de tamanho orçamento, considerando também a característica do HNAS semelhante a um hospital regional.
Adonel Júnior, secretário de Saúde, em entrevista à Rádio Angiquinho FM, explicou que os demais entes, federal e estadual participam da despesa do Hospital e que a população precisa confiar na lisura do prefeito Luiz de Deus (PSD).
“Quem conhece a estrutura do Nair sabe que é antiga, temos que mexer na parte elétrica, ar-condicionado, coisas básicas -armários velhos que estamos trocando de forma escalonada; equipamentos que não têm como mais usar, estamos em processo de compra de equipamentos novos. Eu disse que o prefeito tem cuidado, tem um olhar diferenciado, temos um compromisso muito grande e estamos trabalhando muito”, disse.
45 milhões deixados pela Chesf
“Está parado. O processo tinha inicialmente a questão de um hospital universitário, aí a gente cederia para a gestão do Hospital e a Univasf viria junto, só que a Ebserh recuou da tratativa e a Univasf não tem como assumir porque não tem orçamento para isto. Então esse recurso está retido, e nós trabalhamos um projeto para apresentar junto com o governo do estado uma proposta à Chesf, para usar [o recurso] na reforma que é necessária. Para se ter uma ideia temos equipamentos ali que têm mais de 20 anos.”
Fechar o Nair
“Luiz de Deus não é irresponsável com sua população, o estado tem seu compromisso, e o governo federal ainda mais. O governo federal enxerga o Hospital Nair Alves de Souza como um hospital regional, é estratégico porque nós hoje somos uma região de saúde e somos uma força nessa região. Nós devemos pensar de forma positiva que vamos levantar os recursos, e que a gestão será de forma tripartite como está sendo”, afirmou Adonel, negando que a prefeitura irá jogar o manto.
Em relaçao à gestão dos funcionários e equipamentos, o secretário afirmou que o contrato que terminaria em dezembro, foi prolongado por mais 4 meses.
Lembrando que há terceirizada cujo vencimento dos funcionários está atrasado.
Cumpre a prefeitura ainda explicar melhor essa questão do bolo tripartite que não ficou muito clara na entrevista. Afinal de contas, o recurso já está em caixa ou não?