PAULO AFONSO – O pauloafonsino não aderiu à campanha dos vereadores [digo à passeata], há época de oposição, que foram às ruas contra a renovação do convênio que permitiu à prefeitura contratar a gestão da Embasa, imediatamente para dois anos, e posteriormente duas décadas.
Contudo, todos eles sabiam do ônus que os aguardava, caso a Embasa não melhorasse rapidamente o serviço prestado, especialmente nos bairros mais distantes, como o BTN.
Não custa lembrar que, nos dias que se seguiram à aprovação, o vereador Cícero Bezerra (PDT) teve sua residência apedrejada e era hostilizado onde passava. Foi um período terrível para ele.
Outros colegas penaram:
Jean Roubert (PSD), então na marcha por melhoramento dos serviços da Embasa, se viu numa excelente enrascada assim que voltou à base governista; e a vereadora Irmã Leda (PDT) explicou seu voto afirmando que “com mais trabalho seria possível pagar a taxa de esgoto”, em torno de 80 %.
Esses três vereadores foram os mais prejudicados após a sessão daquele 25 de abril de 2019. Porém, a Embasa teve 9 votos.
A votação equivocada
Resta claro que faltou tanto por parte da prefeitura, como da própria empresa, aprofundar o debate. Não se tentou àquela altura explicar em miúdos porque renovar o contrato da Embasa era a coisa certa a ser feita. Fizeram tudo às pressas como quem necessitava se livrar de uma batata quente, e agora, para a infelicidade dos que votaram, a gestão da água nos bairros continua sendo um problema. As coisas não foram resolvidas como o prometido. Ainda.
A festa dos adversários
Muita gente acredita que o fator Embasa já foi superado. Porém, o tanto de falas, explicações e vídeos que circulam por aí, e na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta segunda 05, com vereadores se explicando, mostram exatamente o contrário. Há sim receio dos que votaram a favor da permanência da empresa em pagarem em 15 de novembro a conta por isso.
O pauloafonsino faltou às ruas, mas quando for às urnas?, eis o ponto.