PAULO AFONSO – A primeira pessoa a trazer a notícia da perda dos postos de trabalho formais foi o presidente do Legislativo, Pedro Macário Neto (DEM), há cerca de duas semanas.
O Painel ouviu Francisco Maciel, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, e o número foi igual, cerca de 360 pessoas do trabalho formal foram dispensadas. E o motivo é conhecido de todos: a crise financeira provocada pela pandemia de Covid-19.
O comércio iniciou 2020 com cerca de 12.500 trabalhadores. Em março sofreu o primeiro tombo com o início do combate à pandemia pela prefeitura que tinha como remédio único o isolamento social horizontal, ou seja, para todos.
As atividades comerciais, exceto aquelas que vendiam itens considerados essenciais ficaram paralisadas por 30 dias.
“A nossa metodologia é comparar toda a movimentação mensal com o ano anterior, portanto, depois dessa parada verificamos nos meses seguintes em que o comércio foi retomando, perdas que variavam entre 50 e até 60%; daí por que não foi possível para muitos empregadores manter o emprego no mesmo patamar que estava; a recuperação é inferior e lenta”, analisou Francisco e outro lojista que pediu o sigilo da fonte.
Ainda segundo Francisco, muitas empresas quebraram e a situação não foi mais dramática porque o governo federal segurou parte do prejuízo. “O que garantiu que só tenhamos até aqui esse número de perdas foi a ajuda do governo, mas quando ela acabar, aí teremos a situação real, que ainda é bastante preocupante.”
Sem perspectiva de melhora
O Painel questionou ao presidente da CDL, se não havia possibilidade de melhorar o cenário com as vendas de fim de ano?
Mas Francisco continuou negativo, porque segundo ele, não haverá festas de formatura, amigo secreto, confraternização e férias, que são eventos pontuais para o aumento das vendas e consequentemente a abertura de mais vagas de emprego.