PAULO AFONSO- Se a maldição da Embasa que, por ora, está morna nas redes sociais não lhe apear a cadeira na Câmara Municipal, então Leda Chaves (PDT) corre um sério risco de continuar no Parlamento, porque desfruta do status quo da política, como se dizia antigamente, traduzindo: é vereadora, portanto conta com o aparelho da Câmara, presidente de um partido, daí todos hão de trabalhar em prol de sua campanha e está na base governista com um pouco mais de vantagem. Nenhuma outra mulher pré-candidata desfruta desse tipo de estrutura.
Alguém pode dizer: mas ela representa o “sistema antigo”, as demais, o novo. Mas sobre qual novo se está falando?
Antes, se Leda for reeleita exatamente pelo que apresento acima, significa apenas que o sistema nunca foi tão velho.
Não se vê nenhum partido de situação, oposição e/ou terceira via, cuja eleição de uma mulher seja prioridade. Elas chegaram somente para o famoso enchimento de linguiça. Inclusive três pré-candidatas de partidos distintos já se queixaram a mim sobre a treta.
“Percebi no meu partido que o objetivo lá é continuar fazendo o mesmo esquema antigo, inclusive fui sondada se quero desitir para apoiar um pré-candidato”, disse-me uma delas, retratando o que já se sente nos bastidores de todas as legendas.
Admito: esse fato é uma lástima, falo com tristeza, mas antes a verdade.