PAULO AFONSO – A três meses do pleito, não se pode arriscar se as mulheres vão, em definitivo, diminuir essa desproporção absurda na ocupação das vagas no Legislativo: 15 cadeiras, uma mulher.
Mas, de saída, é preciso reconhecer: elas já dominam o debate, invadiram a internet, e são vozes que se fizeram respeitar no período vigente. O pulo final é a conversão do prestígio feminino em votos. A grande barreira.
Algumas, embora não disputem cargos públicos, estão à frente das campanhas, é o caso de Dona Ana Clara, ex-primeira-dama do município, que participa das decisões no Podemos; e Cíntia Rosena que a substituiu na Sedes, e comanda o Gabinete de Luiz de Deus (PSD), pré-candidato à reeleição.
No bojo, entram mulheres de bastante relevância e experiência no embate político, caso da petista Esmeralda Patriota, e também mulheres que até então passavam ao largo de querelas políticas, mas resolveram encarar a parada nas redes: Anne Nogueira e Mazé Carvalho.
Finalmente as meninas, Regina Barbosa (Podemos) e Sheila Bello (Avante), mundos muito diferentes, e o mesmo foco: equilibrar a participação de homens e mulheres no exercício parlamentar.
As citadas por mim são uma pequena amostra de um vasto universo. Nele há também a tentativa de Irmã Leda (PDT) para manter-se no cargo.
Do fundo do meu coração, eu torço muito para que elas cheguem lá. Que elas renovem, que elas mudem e deem exemplo.