PAULO AFONSO – Os trabalhadores do setor delivery, mesmo no período de lockdown, mantiveram-se na ativa. Com o novo decreto assinado pelo governador Rui Costa (PT), a classe foi atingida num turno específico do trabalho, já que durante a vigência do toque de recolher, que vai até o dia 19, está proibida a circulação de veículos e pessoas a partir das 18h, até às 5h.
Mais cedo, alguns trabalhadores foram protestar em frente à prefeitura para pressionar um recuo do prefeito Luiz de Deus (PSD), como se fora ele, a pessoa responsável pela nova condição.
Igor Montalvão, procurador do município, em entrevista ao repórter Thiago Santos, da Delmiro FM, explicou que, “Nós conversamos com eles, ouvimos a proposta colocada e informamos que, a única autoridade que pode alterar o decreto é o próprio governador [Rui Costa]”
O toque de recolher poderia ser pior
Ainda de acordo com Igor, Rui Costa deu duas opções ao prefeito, ou toque recolher como foi adotado, ou mais duro, com funcionamento apenas dos serviços essenciais durante o dia.
“O prefeito precisou escolher entre isto ou uma adoção mais drástica, então o prefeito sensível à situação econômica da cidade conversou com o governador para manter as atividades econômicas.”
O procurador, contudo, não desaminou os protestantes, disse que por meio do Gabinete do prefeito, vai tentar flexibilizar o decreto, porém, ressaltou que o governador não tem dado mostras de recuo, mas sim de endurecimento estendendo o toque de recolher para mais municípios.
“Nós não podemos nos antecipar aos fatos, porque a cada dia é uma situação nova, cada município tem sua peculiaridade” disse Igor sobre a possibilidade de o toque de recolher ser esticado.
Reportagem e fotos: Thiago Santos.