PAULO AFONSO – Esta escriba está satisfeita em acertar de novo. A ausência de percepção política que guia o secretário de Saúde, Ghiarone Garibaldi, iria, inevitavelmente, cedo ou tarde, colocar a gestão numa saia justíssima. O problema foi contratado.
No pano de fundo da questão, voltemos à abertura dos trabalhos do Legislativo, antes do carnaval. Na frente de todos os secretários, o prefeito Luiz de Deus (PSD) não se conteve. Mirou o médico Antônio Carlos Tenório, e disse: “Ele é o responsável por tudo dar certo”, sem conter uma satisfação como, pelo menos eu, nunca vira, no prefeito, referindo-se ao que quer que fosse.
Pronto. Se havia ali uma situação de insatisfação entre o trabalho de Ghiarone e o de Tenório, diretor médico do Hospital Municipal, agora, com a entrevista à RBN, ela foi escancarada. E de forma gratuita e sem a menor necessidade.
Ao dizer que Dona Dilma [1ª paciente intectada em Paulo Adonso ] fora colocada nas ruas sem estar curada, ato de terça-feira 28, Ghiarone afirma, consequentemente, um ato de irresponsabilidade do Hospital. Convenha-se. Não percam de vista também, que o secretário criticou a exposição nas redes sociais, feita pelos enfermeiros, e a quem foi mesmo que àqueles funcionários homenagearam: Carlos Tenório.
Pronto, a coisa agora foi colocada na praça.
Não bastasse o prefeito estar positivo, se recuperando em casa, não bastasse todos os problemas correlatos a uma crise com a enormidade dessa, a gestão agora tem que apagar um grande incêndio na floresta. E logo com a classe médica.