PAULO AFONSO – Se me dão licença, escrevo a partir da polarização em curso. Naturalmente, há a terceira via na pessoa do pré-candidato a prefeito Mário Galinho (SD), que disse ter cerca de 21 pré-candidatos a vereador, como até aqui é desconhecido o time, temos que analisar o que já se sabe.
Além de Galinho, que tem chances reais de vitória, estará na órbita dois ou três anticandidatos, cujo papel na eleição cumpre uma necessidade do partido ou pessoal, para ter um apuradinho no fim das contas.
Então, partido do que temos em tela, é absolutamente controverso que, no ano em que mais se fala em renovação seja o passado, na figura dos ex-prefeitos Paulo de Deus 2004/ e Raimundo Caires 2008/ que decidirá o futuro do município.
As gestões de ambos os prefeitos já foram testadas há quatro anos, com larga vantagem para Paulo de Deus, quase 11 mil votos. Mas existe entre uma eleição e outra, os entretantos. Naquela oportunidade, Anilton Bastos (Podemos) com a máquina mais Luiz de Deus (PSD), desbancou os dois. Agora as forças estão melhor distribuídas, por assim dizer. Luiz e Paulo de um lado, Anilton e Raimundo do outro.
A verdade, doa em quem doer
O tempo não corroeu o capital político de Paulo nem de Raimundo, porque se mostraram complementares. De um lado um gestor rigoroso, atento e visionista, do outro, um que soube amparar as necessidades dos mais fracos, que investiu mais e como ninguém o fizera no social.
Quando a campanha sair da sala e tomar as ruas, a população vai avaliar não somente às gestões dos que disputam a cadeira, no caso Luiz e Anilton, que a bem da verdade, se confundem – até o que não deu certo em Anilton, caso do secretário de Cultura e Esportes, Jânio Soares, Luiz mantém, a despeito do que manda a lógica-, mais também o contrapeso de cada um, Paulo e Caires.
Quem acha que Paulo de Deus chegou tarde à disputa, saiba que mesmo antes de se resolver a presidência da Câmara [com Pedro Macário], ele já estava nos bastidores ajudando o irmão, como disse há uma semana em entrevista à Angiquinho.
O risco
O presente ainda pode surpreender e mudar o curso do futuro. Até aqui não se percebe esse ânimo no eleitor, mas é preciso sentir o chão da campanha para ter mais certeza.
Foto: Carlos Alexandre/ Painel.