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Paulo Afonso-BA, 30 de janeiro de 2025

O que Jean Roubert fez no verão passado, atrapalha a interlocução do governo no presente

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PAULO AFONSO – Pelo que pude observar dentro do governo, o vereador Jean Roubert (PTB) foi perdoado. Não apenas porque manteve os contratos ligados às empresas de familiares seus, como também os parentes mais próximos ocupam hoje cargos na gestão de onde haviam saído, após o parlamentar entrar em conflito com Luiz de Deus (PSD).

Jean foi o político que obteve confiança do prefeito mais rapidamente. No mesmo dia em que assinou o diploma para ingressar no Legislativo, Luiz de Deus disse, ao lado dele, “É meu líder.”

Ocorre que sua votação expressiva, cravando o 2º lugar, maus conselhos, e certa ambição desmedida, cabe dizer, como ele mesmo admitiu no começo do ano passado, “sua inexperiência política” lhe turvaram a vista para o perigo da aproximação com pautas que iam de encontro à gestão, além de sua eloquência virulenta que tinha na mira o próprio prefeito que lhe dera o poder de liderança.

Isto somado ao ciúme e a inveja pelas suas qualidades e espaço que tinha no governo, a despeito do comportamento, digamos, atrevido, formaram uma perfeita cama de gato que quase travou seu mandato. Não fosse a sua volta, por cima de tudo, especialmente do que disse e fez, não se sabe como Jean estaria hoje.

“Nós não podemos passar o resto da vida remoendo esse problema, esquecendo que Jean é um vereador com mandato, que tem qualidades e que os que criticam ele hoje, o fazem porque perderam o que ele reconquistou”, disse um interlocutor do prefeito, ao Painel, reservadamente.

Contudo, convém lembrar, que não apenas os que perderam a ‘boquinha’ como se diz popularmente, mas a coerência diante do ocorrido no passado, quando posta no presente, cobram seu preço.

Foi o que aconteceu ontem, durante a sessão da Câmara Municipal que abriu os trabalhos do Legislativo para este ano.

Jean fez uma defesa primorosa da gestão. Não houve erro. Porém, os vereadores que queriam contradizer Luiz de Deus em vez de focar no prefeito, desqualificaram exatamente quem o defendia.

Zezinho (sem partido), fez questão de jogar as empresas dos familiares de Jean em sua face; Mário Galinho (SD) Lembrou “Luiz do Cão”, e Marconi Daniel (Podemos) perguntou por onde andava o “Coronel?”

Jean manteve-se cabisbaixo. Dessa forma, fica inviável que seja ele, apesar de todas as qualidades que tem, ser o homem a enfrentar o discurso opositor, na guerra de narrativa.

Lembrando que numa eleição com as características em tela, destrinchada nas redes sociais, aquilo que você fez no verão passado pode aniquilar o futuro.

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