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Paulo Afonso-BA, 29 de março de 2024

A dez meses do pleito, terceira via está no vácuo

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PAULO AFONSO – Instruídos pelas pequisas internas de avaliação da gestão, de intensão de votos e do desempenho dos parlamentares o grupo em torno do trabalho para a  reeleição de Luiz de Deus (PSD) já sabe que não terá o conforto de uma terceira via, que facilitaria imensamente a empreitada.

“Já sabemos que são dois polos até agora, o grupo de Caires (PRB) e Galinho (SD), e o nosso: Luiz de Deus e Anilton (Podemos)”, comenta o encomendador da última pesquisa, ao Painel, sob a proteção da fonte.

Os demais partidos funcionarão como satélites e não por vontade do governo. “O melhor para nós é que tivéssemos o máximo de pré-candidatos possíveis.”

Eis que o vácuo no espaço que deveria ser ocupado por uma terceira via, existe porque os partidos não conseguiram se descolar dos grupos favoritos, tudo o que fazem invariavelmente só alimenta os polos, especialmente pela dependência do aparelho municipal, quando não, do estadual. Não conseguem surgir de um planejamento sem teta.

Vejam o caso do PSL de Paulo Afonso que já nasceu com o DNA da terceira via, contudo, uma vez que se identifica como um grupo Bolsonaro raiz, sofre a rejeição de um eleitor – em sua maioria-, esquerda por natureza, dito de outra forma: Bolsonaro não vinga na terra de Lula.

Se Paulo Afonso é de esquerda, por que o PT não tem chances?

Ora, onde estão os petistas mais graúdos?, aliás, onde estiveram até poucos dias?, para o eleitor não existe qualquer distinção entre o partido e o grupo que esteja no poder. Invariavelmente nas últimas décadas o grupo dos deuses.

Paulo Afonso sofre a ausência de um líder que invoque a terceira via, que seja puro como o PSL e moderado quanto a ideologias, e necessariamente não tenha passado político. NÃO EXISTE ESSA PESSOA, até agora.

O polo esquerdo

Raimundo Caires em conversa com o Painel disse que ainda não começou sua campanha. “Meu movimento é muito tímido ainda, por isso não estranho que apareça nomes [Galinho] com tanta força como eu, mas uma vez que eu comece a campanha tenho minha gestão para apresentar, e plano de governo, coisa que meus adversários não têm.”

Galinho é temido

Ninguém ignora que o vereador Mário Galinho tenha capacidade de arregimentar uma multidão cansada dos mesmos nomes. Todos os pré-candidatos a prefeito sabem que esse é seu trunfo: o desgaste dos nomes já testados.

Por isso todos os pré-candidato se cercam de algo que até agora só Galinho tem: o novo, o jovem. Neste particular cumpre dizer que Luiz de Deus já teria dispensado os possíveis pré-candidatos a vice-prefeito: Pedro Macário (PP) e Marcondes Francisco (PSD).

E Anilton, observem, se cerca de gente nova. Esta é uma forma de reagir a Mário. Se vai dar certo é preciso caminhar um pouco mais.

O que enfraquece o poder de fogo de Galinho é sua guinada, ainda lenta, mas visível de posicionamento. O homem chegou a chamar Anilton de “bandido” e “câncer”, mas quando vai falar das mazelas da gestão de Luiz, primeiro faz uma ressalva: “Nem sei se ele sabe”, sem falar que soltou os cachorros contra o ex-secretário de saúde, Ivaldo Sales Júnior, mas está num silêncio estupendo em relação a Guiarone.

Luiz e Anilton, o grande duelo 

Neste cenário disputam dois adversários que se conhecem como a palma da mão. Anilton e Luiz se sabem bem dos pés a cabeça. O mais novo é fruto do mais velho.

Interlocutores de Luiz dizem que uma auditoria que está por vir, verificando com lupa as gestões de Anilton, porá sua pré-campanha em suspeição.

Mas aí cabe perguntar: sendo ambos frutos de uma mesma árvore, uma ação como essa não tolheria pedaços dos dois?, será que só Anilton se arranha, caso haja mesmo indícios de improbidade?

Indiscutivelmente ambos sabem que seus adversários não têm estatura política suficiente para enfrentá-los, assim, separados.

O receio vem exatamente de os oponentes se perceberem fracos, e resolverem se unir, formando uma grande organização também pelas redes sociais, que consiga superar a suspeita do povo e crie com ela uma forte identificação. Coisa praticamente impossível de ocorrer.

Sim, e o PP? 

Fala sério.

 

 

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