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Paulo Afonso-BA, 24 de abril de 2024

4 anos depois do assassinato brutal de Dona Ivete: dor e impunidade

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PAULO AFONSO – “Essa não é a vontade de Deus, Ele criou a vida para a vida, Deus nos criou para nos relacionar uns com ou outros”, iniciou Pe. Celso que pediu um minuto de silêncio e perdão porque “o mundo é o que Deus não quer”.

Passava pouco mais das 17h, desta quinta-feira (15), quando começaram a chegar à Praça das Mangueiras – centro de Paulo Afonso, os primeiros amigos de dona Ivete, morta na última sexta-feira (09). Juntando-se a estes, pessoas que queriam esse momento para também sinalizar o inconformismo com a violência e pedir por justiça.

A passeata seguiu um quilometro de tristeza e de silêncio.  Durante o percurso a cidade parecia abraçar aquela família com gestos de carinho e de respeito. Também de quem assistia não se ouvia palavra, parece que a população não tem mais o que dizer, só resta sentir e solidarizar-se.

Foi possível observar famílias que perderam parentes de forma trágica, também vítimas de violência acompanhando os passos daqueles que ainda querem viver, que amam a vida e se relacionam positivamente.

Escrevi esse texto uma semana depois do crime brutal que continua sem elucidação quatro anos depois. A Polícia Civil não apresentou decorrido todo esse tempo absolutamente nada sobre o que aconteceu na casa da Av. Getúlio Vargas,  no fim da tarde de 9 de outubro de 2015.

Ali foi encontrada brutalmente assassinada, uma senhora de 84 anos, Dona Ivete. Querida dona Ivete. Uma semana antes estava nas barraquinhas da festa de São Francisco trabalhando na quermesse.

Seus familiares, amigos e a sociedade tiram essa data triste para rezar por ela, e por outras vítimas de violência Brasil Afora, com única certeza que só Deus é maior que a impunidade.

 

Foto de capa: Portal PA4

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