PAULO AFONSO– Milhares de pauloafonsinos navegam no Facebook, e a bem da verdade, a política em sua praxe nada mais é que uma atividade social. Para os novatos, e já sabidamente pré-candidatos a vereador e a prefeito, em vez de trocar uma ideia num cafezinho da esquina, no buteco ou na Praça das Mangueiras, se refugiam hoje na maior praça popular do mundo que é a internet.
Nesta leva cito alguns nomes: Silvano Vanderley e Beto da Liga; Mário Galinho e Daniel Luiz, candidatos a vereador e a prefeito, respectivamente [ por ora].
Nas redes eles provocam discussões, debatem, chamam os amigos, incentivam comentários e curtidas, e caminham com a expectativa de repetir o feito do vereador Galinho que, sem ter dinheiro nem estrutura arrancou mais de 8 mil votos para deputado estadual ano passado, substituindo os itens citados com a internet.
Dito isso, os novatos precisam ter em mente dois aspectos: há peculiaridades muito específicas na eleição que se avizinha. E mais: os caciques antigos [e adversários potenciais], por assim dizer, o sabem melhor que ninguém como usá-las.
Para chegar ao assento mais cobiçado [depois da cadeira de Luiz de Deus (PSD)] os mais novos terão que vencer gente como Regivaldo Coriolano (PT), com poder inexplicável para aparelhar a máquina, basta ver o tanto de indicados seus que serão vetores importantes na campanha; Edson Oliveira (PP) de quem não se discute a competência nem a sabedoria para negociar em campanha, basta ver como conseguiu outro mandato depois de se indispor com o eleitorado aprovando a Taxa de Iluminação Pública e, para fechar: Petrônio Nogueira (PDT), que deverá apoiar Anilton Bastos e com ele colher muitos votos.
Apesar de haver certo ranço contra nomes já experimentados, é verdade, o voto para vereador infelizmente é sentimental. Não procede o mesmo desapego dos 8 mil votos de Galinho.
Por isso é bom que a vida virtual ganhe, urgentemente, relevo na real. Pois ainda não é o caso de votar pela internet.