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Paulo Afonso-BA, 27 de novembro de 2024

Gordo de Raimundo: “Sem um novo pacto federativo não dá mais”

SANTA BRÍGIDA– O prefeito Gordo de Raimundo (PT), conseguiu cumprir uma de suas promessas de campanha, comum a todos os candidatos: controlar o orçamento público e melhorá-lo.

Cumprido a parte final de duas gestões consecutivas, o petista, em que pese à redução nos repasses federais, apresenta um quadro de finanças sadias. Gordo como se vê não anda se queixando.

Os prefeitos David Cavalcanti e Gordo de Raimundo, no aniversário de um mês da policlínica regional de Paulo Afonso.

O Painel quis saber do gestor qual foi o caminho encontrado por ele para sobreviver sem tantas agruras ao período complicado pelo qual atravessa o Brasil, especialmente os municípios.

“Eu tenho dados que comprovam que a gente conseguiu melhorar a arrecadação do município, sobretudo os recursos municipais ampliando bastante. Ano passado, quase 1 milhão de reais a mais na arrecadação, graças a uma reformulação no código tributário. A planta de IPTU há dez anos não era atualizada, cobrança de ISS [Imposto Sobre Serviços], judicialização de cobranças, devolução de gestores anteriores”, explicou Gordo acrescentando que tem expectativa de mais ativos quando forem julgadas duas ações ajuizadas contra as operadoras Claro e Vivo: “Pelo espaço que elas utilizam e o serviço que prestam ao município nós arrecadamos mais de 20 mil reais.”

Por que os municípios estão quebrados?

Ao longo de muitos anos, sobretudo os municípios menores, sofrem por conta da quantidade de programas que foram criados. São programas fundamentais para o desenvolvimento e assistência à saúde e educação, porém, o governo federal vem se desobrigando a cada ano que passa a costear esses programas, isto fica a cargo da gente, e temos que viabilizar. Daí vem a necessidade de descentralizar os recursos.

O ministro Paulo Guedes fala muito sobre esse tema [embora o senhor seja crítico ao governo].

Ele fala, mas até agora nada foi feito. Continua tal e qual os outros governos. Nós estamos na expectativa de uma assentada entre estados, municípios e união, para que a gente reformule o pacto federativo, porque senão fica cada dia mais complicado para os municípios que sobrevivem quase exclusivamente dos repasses federais: Fundb e FPE [Fundo de Participação dos Estados].

O orçamento está totalmente engessado?

Hoje, muito de nós apenas administramos a folha e o que sobra pagamos comerciantes, fornecedores, mas recursos para investir não temos, por exemplo, às vezes você quer ampliar os serviços e tem como. Acredito que isto só se revolva com um novo pacto federativo.

 

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