PARLAMENTO – A divergência quanto ao posicionamento dos vereadores quando a pauta-bomba dos 60 milhões de reais do empréstimo anunciado pelo prefeito Luiz de Deus (PSD) chegar, é de lapada em cima da pequeníssima oposição que restou, neste momento reduzida a Mário Galinho do Solidariedade e Moreirão (PSC).
Parte da imprensa de forma ligeira e errada, chegou a anunciar que Luiz de Deus teria 14 votos, resistindo apenas Mário Galinho.
A verdade é que o vereador Zezinho (sem partido) disse ontem para quem quisesse ouvir, nos corredores da Câmara Municipal que não vota de jeito nenhum nos milhões. Se vai mudar de ideia, temos que esperar mais. Ainda na conta de possíveis votos contrários, está Moreirão que nem participou da reunião da última terça-feira 06, como informou a imprensa. Diga-se, Irmã Leda (PDT) também não estava, porque viajava.
Dentro dos vereadores agora governistas, por assim dizer, pois quando se tratou da Embasa, houve votos divergentes dentro das bancadas, por exemplo: o PP teve um para cada lado [Cícero Bezerra a favor e Bero do Jardim Aeroporto contra], e Zé Carlos (PRB) que embora líder da oposição votou contra e, agora, deve votar a favor.
Dar-se como certa a aprovação, e com folga, diante da pândega havida na mesa quando os vereadores souberam dos milhões. “Um asfaltinho para mim”, “uma quadra poliesportiva no meu”, me disse um dos presentes, “achei um absurdo que cada um queria uma coisa sem a gente saber os detalhes de como vai ser isso no futuro, por que nunca aconteceu de a prefeitura tomar empréstimo.”
E assim sucessivamente, sem que nenhum deles, parasse um segundo para saber, por exemplo, como o povo vai pagar?, quais áreas do orçamento serão afetadas?, por que nós precisamos nos endividar?
O brilho nos olhos dos parlamentares só vislumbrava uma possível reeleição às custas do sacrifício da comunidade.
