PAULO AFONSO – Desde ontem, com o vice-prefeito Fávio Henrique e hoje reforçado pela entrevista de Anilton Bastos (Podemos) à RBN, há pouco, que os dez vereadores que votaram contra as contas do ex-prefeito, referentes a 2016, são chamados a dar explicações e nesta quarta-feira 31, foram classificados de “mentirosos e golpistas”, e não dizem absolutamente nada.
Da Câmara não saiu uma única linha que rebatesse as acusações de que eles agiram parcialmente para prejudicar Anilton Bastos e tirá-lo da disputa eleitoral, especialmente se for considerada a diferença entre a votação das contas do ex-prefeito e do atual, Luiz de Deus, cuja aprovação foi sumária.
Munido da última resolução do Tribunal de Contas dos Municípios, onde o órgão diz que não houve a celebração do contrato de 27 milhões de reais entre a prefeitura e a cooperativa Conctar – que presta serviços de saúde-, bem como a multa que antes era de 13 milhões de reais e foi transformada em 600 reais [referentes à gestão de Raimundo Caires] Anilton dobrou a aposta:
“Além de golpistas são mentirosos, aproveitaram e usaram de uma mentira para tentar colocar meu nome numa situação que nunca esteve”, disse ao repórter Gil Leal.
Anilton seguiu com a comparação entre o comportamento dos parlamentares diante das contas dele e do prefeito Luiz de Deus: “Nunca em tempo algum houve tanto aparato e falatório num julgamento de um prefeito, nas contas que haviam sido aprovadas pelo TCM que é o órgão mais apropriado para julgar as contas públicas.”
Depois Anilton nomeou um a um, os dez votos: Mário Galinho (SD), Pedro Macário (PP), Cicero Bezerra (PP), Bero do Jardim Aeroporto (PP), Jean Roubert (PTB), Irmã Leda (PDT), Moreirão (PSC), José Carlos (PRB), Edilson do Hospital (MDB) e Zezinho (sem-partido). “Golpistas e mentirosos”, repetiu.
“Eles armaram um cenário, um espetáculo e ainda tem esse Jean que vem dizer que isso é passado, ele tem que saber que mentiu e outra coisa: o que eles diziam das ressalvas, vejam só a diferença, as minhas cinco e a de Luiz de Deus, com seis, num estralar de dedos foi aprovada.”
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O gato e os ratos. Todos são ratos.