PAULO AFONSO – Nenhum político sabe ao certo quanto se gasta com o desporto no município. Mas qualquer um que olhe com atenção constatará que o orçamento está aquém das necessidades e se gasta mal, muito mal, o pouco que tem. Exceto quando o assunto é propaganda, evidentemente.
As placas empilhadas no ginásio de esporte Luís Eduardo, em cujo município apoiaria várias modalidades esportivas como basquete, futsal, futebol, bicicross etc., são tão afrontosas perante a realidade, que uma vez expostas na Av. Apolônio Sales [ no dia 15 de marco], o plano exibicionista da turma precisou ser retirado sumariamente, diante do linchamento do secretário de Cultura e Esporte, Jânio Soares, nas redes sociais.
Uma coisa é certa: eles são incansáveis. Se alimentam da alienação e, de certa forma, da resignação que abala a classe desportista.
Há um lamento perene, mas acompanhado de falta de atitude. De providências judiciais. Neste momento circula uma grande publicidade nos meios de comunicação oficiais forjando apoio a uma seleção que vai ser massacrada assim que pegar um adversário melhor estruturado, coisa que não é difícil, ao mesmo tempo em que se camufla o estado lastimável em que se encontra o estádio municipal Álvaro de Carvalho, o Ruberleno.
O “Rubão” fora motivo de piada da TV de Euclides da Cunha, quando a equipe esportiva veio acompanhar uma partida do time daquele município contra a seleção de Paulo Afonso. A tremenda humilhação não ensinou nada. Hoje é possível afirmar, sem medo, que o estádio consegue estar pior.
Mas o estádio, a saber, reflete um estado de coisas. Espelha uma ideia: esporte não dá votos.
Vejam as imagens do gramado e tirem suas próprias conclusões: