PAULO AFONSO – Na tarde desta quarta-feira 24, o empresário Clecinho Inovare fez circular na imprensa um texto em que desabafa sobre a gestão do secretário de Cultura e Esporte, Jânio Soares, que empancou há muitos anos e agora mira o precipício.
Enquanto o texto percorria os sites, o comentário geral na cidade é de que Janinho já estaria com as malas prontas.
Tem mais: na próxima semana empresários vão se reunir e publicar uma carta com pressão ainda maior. É muito complicada a situação do secretário, lembrando que, o vereador Mário Galinho (SD) fez algumas perguntinhas básicas sobre o processo de licitação para o “tapa-buracos” do Ruberleno, e até agora não obteve respostas.
O texto enviado à redação do Peniel, segue:
Clecinho Inovare que também sócio da Eco Chico Turismo alerta que se não houver mudanças na condução das políticas públicas para o turismo em Paulo Afonso, a cidade poderá perder um investimento de cerca de 8 milhões para a cidade vizinha Delmiro Gouveia/AL. O investimento no qual se refere é um complexo turístico de passeios náuticos com barcos do tipo Flex Boat, tirolesa, rapel, entre outros equipamentos de esportes de aventura. Além de um museu de cera, uma pousada, e um restaurante.
O empresário cita que o complexo sozinho vai gerar mais de 300 empregos direto, e que segundo consultoria contratada, o número chega a quase 2.000 empregos indiretos quando inserido os outros estabelecimentos e profissionais liberais que também irão se beneficiar do fluxo turístico. Passamos 20 anos vendendo uma cachoeira que não tem água, e um bondinho desativado, e chegou a hora de mudar a foto, dar uma nova identidade turística a Paulo Afonso, temos um potencial gigantesco, porém ainda não explorado.
Iniciamos uma conversa com o Regivaldo Coriolano, atual secretário de turismo de Paulo Afonso, no qual tem se esforçado bastante e aceitado as novas ideias e projetos que chegam, agora mesmo tivemos a reativação do COMTUR, que vai deixar o município apto a receber recursos do Ministério do Turismo, porém ainda estamos longe, falta um Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico, percebo que a um desencontro na estrutura política montada, não sei porque separaram a cultura do turismo, sendo que a cultura um anda lado a lado com o turismo, nós operadores de turismo vendemos a cultura, e Paulo Afonso é muito rica nisso. Mesmo com a gestão anterior tendo como meta acabar a cultura, com os grandes eventos, e tudo que fazia de Paulo Afonso uma cidade turística, ainda sim temos pessoas que ainda promovem com todo esforço do mundo, mendigando a porta do secretário como ele sempre deseja.
Se tratando de eventos, até a Copa Vela na qual participei ativamente nesses últimos 12 anos, na qual era a festa da cidade foi parar na UTI, hoje se tornou uma festa regional, que não agrega valor econômico ao comercio, e não tem mais o retorno financeiro que tinha a décadas atrás. Tudo isso porque o secretário Jânio Soares sem responsabilidade nenhuma gasta 1,5 milhões faltando 30 dias para o evento, como fez nos últimos 10 anos. Talvez se houvesse o mínimo de planejamento e investisse apenas 1 milhão em janeiro, divulgando a Copa Vela desde o início do ano, hoje a menos de 40 dias onde não temos se quer uma atração confirmada, teríamos os hotéis lotados, e as pessoas alugando casa de temporada. E ainda daria uma economia de 500 mil ao município, talvez por conta dessa matéria ele anuncie alguma atração essa semana, no entanto bem atrasadinho.
Quando eu falo que precisamos mudar as politicas publicas para o turismo, passa também pela valorização da cultura, do esporte e dos eventos, onde temos uma pessoa que a 28 anos esta no mesmo cargo, não sabendo eu o que o faz de tão especial, já todas as classes ligadas a sua pasta fazem protesto contra o mesmo. Acredito eu que até o Miguel Baiano que sempre foi seu melhor amigo, não acredita mais no jeito carinhoso do tapinha nas costas, e com o vamos tomar um cafezinho.
É preciso dar o protagonismo que o turismo merece em Paulo Afonso, criar e vender nossos roteiros, fazendo um trabalho em conjunto com o trade e mudar a realidade econômica de nossa cidade, temos que parar de ouvir conselhos construtivos de quem nunca construiu nada, apostar no turismo que é o maior motor gerador de emprego e renda do pais, é uma indústria sem chaminé e iremos provar isso.
Foto de capa: divulgação.