Interlocutores do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos) estão “até aqui” com a falta de definição dele para desembarcar da gestão do prefeito Luiz de Deus (PSD), de mala, cuia e com os secretários Wilson e Clara.
“Chega de entrelinhas. Avaliamos inclusive que fosse melhore esperar o resultado dos recursos na 2ª instância para que ele pudesse dar entrevistas. Nesta última falou o que nós já sabemos”, comentou a fonte, na condição de anonimato.
Anilton, na entrevista ao repórter Gil Leal, na última terça, citou três vezes seguidas com bastante destaque a atuação diferenciada dos vereadores, no tratamento das contas dele e de Luiz de Deus (PSD), há poucos dias. Coisa que o vice-prefeito Flávio Henrique também o fez e, qualquer um que tenha um mínimo de bom-senso. Para se ter uma ideia, as contas foram aprovadas sumariamente sem se observar um único parecer – apesar de ter mais ressalvas que as de Anilton-, seis no total.
Observem também que nenhum parlamentar quis comentar as ressalvas de Luiz, para efeito de comparação. Dizer por exemplo: por que as observações feitas pelo Tribunal de Contas dos Municípios poderiam ser levadas para debaixo do tapete no caso de Luiz, diferente de Anilton. Houvesse compromisso com a coisa pública, teriam feito.
Os aliados de Anilton calculam o preço do desembarque: “Sabemos que afetaria muita gente que trabalha na prefeitura e ainda é muito cedo. Mas já está inevitável que ele dê um passo a mais.”
Foto de capa: ASCOM/PMPA