PAULO AFONSO – Parece inacreditável mais aconteceu nesta segunda-feira 27, na sessão ordinária da Câmara Municipal. Contando com maioria absoluta, a bancada de situação, mais precisamente Marcondes Francisco (PSD) fez um verdadeiro escarcéu para proibir o vereador Mário Galinho (SD) de usar o Pequeno Expediente, mesmo depois de ele ter inscrição.
Pedro Macário (PP) pediu intervenção seis vezes e sua voz ficou no ar, como se ele não tivesse quaisquer responsabilidades com o assunto, em suma, como se ele não fosse ninguém. Até que foi forçado a suspender a sessão.
Galinho classificou a grita de “palhaçada” e teve aval do público que xingou e gritou da galeria. As pessoas permaneceram até o fim para ouvir o vereador e assistiram ao circo dos horrores, contudo, que ninguém se engane, tudo isto tem finalidade bem específica: evitar mais desgaste à gestão de Luiz.
“Eu passo a semana toda percorrendo essa cidade, participo de prestação de contas, de reuniões e quando chega a sessão eu não posso falar”, iniciou Galinho.
O projeto de Galinho para facilitar a vida dos estudantes
O vereador queria falar sobre seu projeto de lei, nº 02/2019, que altera a lei 458/84. Na antiga redação, o estudante tinha direito de apenas meia passagem com a Carteira de Estudante emitida pela instituição de ensino; com as modificações sofridas pelo projeto de Mário, basta a declaração da escola/ou faculdade e o aluno vai direto para o VAMOS, e já terá acesso a gratuidade dos 50%.
O projeto virou a Lei 1.411/19 e Galinho pediu que os vereadores pressionem a gestão para pôr em prática. “Quem quiser comprar a Carteira Nacional que compre, mas a Lei Orgânica do Município é clara quando diz que o aluno tem direito a meia passagem, independente de comprar essa carteira aí que estão vendendo no comércio. ”
Galinho argumentou ainda que o momento é de dificuldade para a maioria das famílias. “Estudantes da Pedra Cumprida, do Siriema e Barroca não podem, e eu agradeço aos senhores por terem aprovado a lei 630/2018, e que o prefeito faça cumprir; Galinho também lembrou a situação do idoso que não tem seu Estatuto cumprido “O que acontece aqui é um absurdo, nada está sendo respeitado.”
Ação do povo
O vereador encerrou seu pronunciamento pedindo que o povo também fiscalize o município e, que a Câmara faça sua parte. “O projeto foi meu, mas vocês também aprovaram.”
Galinho sugeriu ainda que os vereadores da bancada de situação conversem com o prefeito para obrigar a Atlântico a cumprir a lei aprovada. Enquanto eu for vereador não vou desistir, vou ao Ministério Público, onde for, mas a lei precisa ser cumprida, isso aqui não é só meu não, todos vocês aprovaram.”
Vejam Lei aprovada hoje: