De saída, devo esclarecer: se você leitor está aqui no Painel, veio para ler sobre os fatos descascados, ok? Sigamos.
O vereador Mário Galinho (SD) tem o mau hábito de se mirar no colega Jean Roubert (PTB). Quando ambos estavam na oposição, vá lá, pelo menos, supostamente, lutavam pelas mesmas coisas. Ocorre que Jean já pulou do barco, e mesmo assim Galinho insiste em tê-lo como homem a ser superado. Perda de tempo. O comportamento político de Jean não é exemplo para ninguém. E é, se for para fazer o contrário.
Então nesta manhã, com um público sedento para ouvi-lo, sobretudo apontar o que os seus colegas fizeram no verão passado. O vereador do Perpétuo Socorro se perdeu em minudências da lei, sem que houvesse tempo hábil para isso. Ou por outra: o Parlamento não é o STF para discutir por dias inteiros um voto. Ali é quente, tem que ser na hora. E mais: por que Galinho mereceria mais tempo de discurso do que os colegas? Estratégia equivocada, porque, repito, tem na fronte Jean Roubert.
O resultado foi uma confusão dos diabos que não serviu para nada. Jean, havemos de convir, entende do riscado e dá seu recando no tempo certo. Coisa de professor, e não de mecânico, para ficar nas palavras de Galinho.
Assessores próximos ao parlamentar se irritam profundamente com esse apego a quem já foi embora. “Já avisamos a ele que siga o barco”, disse-me um deles.
Eis que, com ambos sendo pré-candidatos a prefeito, e Mário sofrendo o desgaste de ter o colega sempre se posicionado – em qualquer projeto que passe na Câmara- contrário a ele, está na hora de desapegar.
Hoje foi a Embasa. Amanhã será outro, em vez de ficar tentando puxar quem já se afogou é melhor nadar segurando a mão do povo para pelo menos se salvar.