PAULO AFONSO – Bastou o secretário de administração, Júnior Bezota, ir levantar os dedinhos no bloco do presidente do Legislativo, Pedro Macário, no BTN, para as más-línguas espalharem que o secretário está interessado em apoio político para permanecer em sua pasta.
A gestão de Luiz de Deus (PSD) não é conhecida pela celeridade das coisas. Contudo, se a cabeça de Bezota (da ala aniltista) tivesse que rolar, já estaria feito.
Há nos bastidores certa sofreguidão em querer desgastar Macário pela sua incursão na prefeitura, como se ele fosse o único a merecer a crucificação.
Macário, e sua postura, falemos a verdade, é fruto das cabeçadas do conjunto da oposição que, sem divergir muito dos “deuses” só consegue mirar o seu próprio umbigo.
Não existe qualquer projeto na oposição que não passe pelo personalismo e que não tenha como objetivo apenas o faturamento líquido de votos em benefício de um ou outro nome.
Desde quando a oposição tentou fazer um projeto viável de gestão que se contrapusesse à mesmice apresentada pelos “deuses”?
Chega o período eleitoral e os políticos de oposição tratam logo de promover guerrilhas para minar potenciais adversários em seu próprio campo de batalha. Ou seja, já saem enfraquecidos para disputar a prefeitura, brigando por migalhas – e deixando os políticos que já dispõe do aparelho municipal-, muito à vontade para eleger qualquer um que lhes sejam convenientes. A despeito da capacidade administrativa.
Decerto que o presidente do Legislativo, nativo de um partido de oposição, estar tão próximo do prefeito, é de arrepiar os cabelos. Contudo é preciso ser justa. Ele até agora não fez nada que merecesse descrédito.
Foto de capa. Leitor do Painel.