Conta-se nos dedos das mãos, de uma mão só, aliás, quantas pessoas trabalham ligadas ao turismo em Paulo Afonso. Certamente há mais pessoal lotado na Secretária de Indústria, Turismo e Comércio, do que vivendo de atividades decorrentes desta que seria a salvação para tirar o município do atoleiro.
Entrada de Piranhas-AL.
“São mais de quarenta projetos nesta pasta”, me disse o secretário Regivaldo Coriolano, acrescentando que alguns já estariam para sair do papel. O problema é que tempo passa e não sai. As coisas simplesmente não andam. E a desculpa mora na burocracia.
No último fim de semana, estive em duas cidades que deixaram há muito tempo, neste quesito, Paulo Afonso para trás. Piranhas-AL, e Canindé do São Francisco-SE.
Cidade de Piranhas-AL, às margens do São Francisco.
Na primeira, sua estampa antiga, margeada de água, museu e relevo deslumbrantes, além de estrutura para acolher visitantes, a fez despontar entre os destinos mais procurados na região.
“Nós agora estamos na baixa temporada, o movimento aqui à noite é mais no sábado, no domingo o pessoal vai para o catamarã, porém, em janeiro, junho e dezembro temos muito movimento”, me relatou uma garçonete, que trabalha em bar no centro de Piranhas.
Do lado sergipano, desde o embarque no catamarã, com bares, restaurantes e pousadas até o passeio pelo Rio São Francisco que encontra o estado alagoano, temos a companhia de turistas de todas as regiões do país.
Conversamos com pessoas de São Paulo, Belém do Pará e de Minas Gerais, todas impressionadas com as belezas e também com o preço do turismo na região. “Aqui não é muito caro, achamos que o Ceará foi mais”, disse uma Paraense.
Noite em Piranhas-AL.
Ainda precisa melhorar
Um amigo observou que o atendimento dentro do catamarã deixou a desejar. “São poucos garçons e alguns não estão vestidos de forma adequada, acho que poderia ser melhor o atendimento”, observou.
Contudo, é inevitável não comparar a Paulo Afonso em cuja estrutura é deficiente e não há qualquer movimento do governo municipal para transformar a realidade.
Na gestão dos deuses, que dura quase três décadas só se multiplicam as promessas e o desemprego. “O governo sequer usa a verba que tem para o turismo”, disse o vereador Mário Galinho.
Estrutura do Catamarã Carranca em Canindé do São Francisco-SE. Paulo Afonso está no rabo da gata do turismo.
Francisco “Aqui é outro nível”